Caxias do Sul

Polícia Federal prende mais três suspeitos de envolvimento no assalto a carro-forte em aeroporto de Caxias do Sul

Capturas aconteceram em Três Cachoeiras, Estância Velha e Gravataí. Até o momento, as investigações levaram a 10 prisões preventivas, uma temporária, além da morte de outro suspeito em troca de tiros

Mais três suspeitos de envolvimento no assalto a carro-forte em Caxias do Sul são presos
Foto: Polícia Federal/divulgação


A Polícia Federal (PF) informou, na tarde desta sexta-feira (2), que foram presos mais três homens suspeitos de envolvimento no assalto a um carro-forte no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, crime registrado no mês de junho. A ação resultou em um policial militar — 2° sargento Fabiano Oliveira — e um criminoso mortos, e o roubo de R$ 15 milhões.

Duas das capturas aconteceram nesta sexta (2) em Três Cachoeiras e Estância Velha, enquanto a outra foi registrada na quarta-feira (31) em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os três têm entre 41 e 45 anos. APF atuou em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Brigada Militar (BM).

Os policiais ainda realizaram buscas em três propriedades em Goiânia (GO) e em outra situada na área rural do município gaúcho de Alto Feliz, no Vale do Caí. Foram apreendidos um veículo e R$ 5 mil, entre outros materiais que interessam à investigação.

A ofensiva integra a Operação Elísios, que busca identificar todos os participantes no maior assalto a carro-forte da história do Rio Grande do Sul. As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal de Caxias do Sul.

“A participação dos suspeitos restou evidenciada durante investigação da força-tarefa da Operação Elísios, que segue em andamento com o objetivo de identificar todos os envolvidos no caso”, complementa a Polícia Federal, por meio de nota.

Balanço

Até o momento, conforme a corporação, as investigações levaram a 10 prisões preventivas e a uma temporária, e ao cumprimento de três medidas cautelares e 10 buscas e apreensões.

No dia 5 de julho, outro dos principais suspeitos, Guilherme Costa Ambrózio, 40 anos, morreu durante uma troca de tiros com a polícia em São Paulo (SP). Ambrózio era gaúcho, e conhecido como um dos maiores articuladores de roubos a veículos de transporte de valores no Sul do país. Ele tinha uma extensa ficha criminal, com envolvimento em diversos assaltos a bancos e carros-fortes.

Na casa de Ambrózio, a polícia paulista apreendeu duas metralhadoras, três rifles, dois fuzis, pistolas, explosivos, capacetes e roupas da PF e PM de São Paulo.

Relembre o caso

Uma quadrilha formada por cerca de 10 homens, tripulando quatro veículos, abordou um carro-forte no Terminal de Cargas do Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, por volta das 19h30 do dia 19 de junho. O blindado havia sido carregado com R$ 30 milhões em dinheiro, pertencentes a um banco privado, transportados em voo proveniente de Curitiba (PR). Para invadir o local, a quadrilha, portando metralhadoras e fuzis de grosso calibre, caracterizou vestimentas e veículos como se fossem da Polícia Federal.

Após intenso tiroteio contra o carro-forte, os criminosos renderam os vigilantes – um dos quais foi ferido – e colocaram os malotes em duas caminhonetes. Acionada pela Guarda Municipal, que flagrou a ação pelas câmeras de videomonitoramento do aeroporto, a Brigada Militar chegou ao local e entrou em confronto com os assaltantes. A troca de tiros se estendeu por cerca de 20 minutos e resultou na morte do 2º sargento da BM de Caxias do Sul, Fabiano Oliveira.

Um dos bandidos também foi morto dentro de uma das caminhonetes nas quais fora colocado metade do montante em dinheiro e que acabou abandonada pela quadrilha. Os homens fugiram nos outros três veículos, na direção Sul, pela BR 116, levando R$ 15 milhões.

Na mesma noite se iniciaram as operações de busca e captura envolvendo agentes do 12⁰ Batalhão de Polícia Militar (BPM), do 4º BPChoque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Federal; do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil e do Exército.