CARÊNCIA ZERO

Organização criminosa usava empresas de fachada para burlar planos de saúde no RS

Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, São Paulo e Rio de Janeiro

(PC/Divulgação)
(PC/Divulgação)

Rio Grande do Sul - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou nesta terça-feira (2) a Operação Carência Zero, por meio do Departamento de Repressão aos Crimes Cibernéticos e da Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais, no combate a fraudes na comercialização de planos de saúde.

Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, uma organização criminosa simulava vínculos empregatícios para inserir vítimas em planos empresariais legítimos de uma conhecida operadora gaúcha. Os criminosos prometiam planos particulares com descontos irreais e ausência de carência, mas realizavam cobranças por PIX e boletos falsos. Assim que recebiam os pagamentos, incluíam os contratantes em planos corporativos de empresas de fachada, como se fossem funcionários.

Desdobramentos da Operação Carência Zero

Relatórios de inteligência financeira apontaram movimentações superiores a R$ 287 milhões entre pessoas físicas e jurídicas envolvidas, sem justificativa econômica. O grupo operava em formato piramidal, com divisões em liderança estratégica, núcleo financeiro, operacional, suporte e empresas de fachada.

A Justiça determinou o sequestro de R$ 5 milhões de cada um dos 26 investigados, além da apreensão de 17 veículos e três imóveis.

Próximos Passos e Implicações Legais

As apurações seguem para identificar outros beneficiários e possíveis operadoras vítimas. A Polícia Civil reforçou que a operação integra os esforços contra o crime organizado cibernético e financeiro no país.