Rio Grande do Sul - A Polícia Civil deflagrou a Operação Triarca contra o tráfico de drogas, associação criminosa, posse ilegal de armas e receptação. A ofensiva, coordenada pela Delegacia de Polícia de Guaíba com apoio da Brigada Militar, resultou na prisão de 22 pessoas — 21 por mandados preventivos e uma em flagrante desde a sexta-feira (5).
Durante a ação, 24 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em oito cidades: Guaíba, Barra do Ribeiro, Tramandaí, Capão da Canoa, Xangri-lá, Porto Alegre, Amaral Ferrador e Florianópolis (SC). Foram apreendidas uma submetralhadora, uma espingarda, uma pistola roubada, cocaína, êxtase, maconha, crack e veículos utilizados pelo grupo.
A investigação teve início em agosto de 2023, após a prisão de um indivíduo ligado a três grupos criminosos distintos. Segundo a delegada Karoline Calegari, responsável pelo caso, o inquérito identificou a estrutura e os líderes de cada núcleo, que atuavam de forma articulada no tráfico de drogas em diferentes regiões do Estado e até fora dele.
Três frentes do crime organizado
Um dos núcleos era liderado por um morador de Porto Alegre que recebia maconha de alta qualidade (“skunk”) cultivada em estufa em Florianópolis. Parte da droga também vinha do Paraguai, trazida por um parceiro que abastecia o grupo, especialmente na cidade de Guaíba.
Outro núcleo era comandado por um indivíduo de Guaíba que mantinha vida de luxo em Capão da Canoa, com imóveis de alto padrão e veículos de alto valor.
Já o terceiro grupo era liderado por um criminoso já preso, com diversas condenações por crimes violentos. Mesmo de dentro do sistema prisional, ele seguia comandando as atividades com apoio de comparsas e da própria companheira, que ajudava a administrar o “negócio da família”.
A operação mobilizou 130 policiais, incluindo equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Departamento de Aviação (Dav), Departamento de Polícia do Interior (DPI) e Departamento de Polícia da Região Metropolitana (DPRM).
Impacto e Desarticulação da Operação Triarca
Segundo a delegada Karoline, a Operação Triarca representou “um duro golpe contra o tráfico de drogas” na região, desarticulando uma estrutura criminosa sofisticada com atuação interestadual e conexões internacionais.