INVESTIGAÇÃO

O que se sabe sobre o corpo encontrado em mala na Rodoviária de Porto Alegre

A mala com o tronco de uma mulher foi deixada no guarda-volumes por um homem no dia 20 de agosto e permaneceu no local por quase duas semanas

PORTO ALEGRE
Foto: Marcel Horowitz/ Correio do Povo

Porto Alegre - A Polícia Civil investiga a descoberta de um corpo em avançado estado de decomposição dentro de uma mala preta na Estação Rodoviária de Porto Alegre. A vítima é uma mulher ainda não identificada. A mala foi deixada no guarda-volumes por um homem no dia 20 de agosto e permaneceu no local por quase duas semanas.

Onde o corpo foi encontrado

Funcionários da rodoviária localizaram a mala na manhã da segunda-feira (1º), por volta das 10h30. O forte odor chamou a atenção da equipe, que decidiu retirar o item do guarda-volumes e levá-lo até a área de descarte. Antes de jogar fora, os trabalhadores arrebentaram os cadeados da bagagem e encontraram sacos de lixo com o tronco da mulher em decomposição.

Quem encontrou a mala

Henrique Zamora Rodrigues, funcionário com mais de 20 anos de serviço na rodoviária, encontrou o corpo. Ele relatou que o item foi entregue por um homem que fez cadastro no sistema do guarda-volumes, informando que outra pessoa buscaria a bagagem — o que nunca aconteceu.

“Com o passar dos dias, e também devido ao clima mais abafado, o cheiro começou a ficar insuportável. Então decidimos abrir a mala antes de descartá-la”, contou Henrique ao jornal Correio do Povo.

O que foi encontrado na mala

A mala continha apenas o tronco da vítima. Os braços, pernas, cabeça e mãos não estavam no compartimento, o que pode dificultar a identificação. Os sacos de lixo envolviam o corpo, que já estava em estado de decomposição avançado.

Como a polícia está investigando

A 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso. O delegado Eric Seixas Dutra confirmou que a equipe vai analisar as câmeras de segurança da rodoviária para tentar identificar o homem que deixou a mala e qualquer outro envolvido.

“Ainda é cedo para apontar causas ou motivações. Vamos começar pelas imagens e tentar identificar quem deixou a mala e se houve participação de outras pessoas”, disse o delegado.

O que dizem os peritos

Peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) recolheram o corpo pouco após o meio-dia. Segundo os técnicos, a identificação poderá exigir exame de DNA, já que o rosto e as extremidades da vítima estavam ausentes, o que inviabiliza identificação por digitais ou reconhecimento facial.

Há suspeitos?

Até a noite desta segunda-feira, a polícia ainda não havia identificado suspeitos, nem localizado o restante do corpo da vítima. O tempo exato da morte também segue indefinido.