Porto Alegre - Foi identificada como Brasilia Costa, de 65 anos, a vítima de esquartejamento que teve parte do corpo deixado em uma mala na rodoviária de Porto Alegre. O companheiro dela, Ricardo Jardim, de 66 anos, é apontado como suspeito. A prisão dele foi anunciada na manhã desta sexta-feira, em coletiva da Polícia Civil.
A mulher trabalhava como manicure e era natural de Arroio Grande. O irmão dela atua como sargento da Brigada Militar, em Jaguarão. Ela era vizinha do criminoso, que residia em uma pousada no bairro São Geraldo.
Os dois mantinham um relacionamento amoroso há seis meses. Segundo a investigação, após o crime, o homem utilizou o celular da namorada para mandar mensagens aos parentes dela, fingindo ser a mulher. Por isso, o desaparecimento da vítima não foi registrado.
Ele estava foragido desde abril do ano passado e era sustentado com a ajuda da companheira, de acordo com a 2ª Delegacia de Homicídios (DHPP). Após a morte da mulher, ainda sacou valores com os cartões bancários dela. A apuração policial indica que o crime foi cometido por motivação financeira.
A vítima morreu no dia 9 de agosto. Quatros depois, teve pernas e braços deixados em um saco de lixo no bairro Santo Antônio, na zona Leste. Em 20 de agosto, a mala com o tronco foi deixada no guarda-volumes da rodoviária, em nome e endereço de uma pessoa que trabalha em um escritório de contabilidade, em Canoas, mas que nada tem a ver com o crime.
Após deixar o corpo na rodoviária, se mudou para outra pousada, no bairro São João, onde foi preso.
“O investigado disse que a mulher morreu por mal súbito e que ficou com receio de ser incriminado. Por isso, diz ele, resolveu esquartejá-la”, disse o titular interino da 2ª Delegacia de Homicídios (DHPP), André Freitas.
Foto: Correio do Povo