Polícia

Mês de abril registra uma morte violenta a cada dois dias em Caxias do Sul

Duas mortes foram registradas em menos de 12 horas

Mês de abril registra uma morte violenta a cada dois dias em Caxias do Sul

Além da pandemia de Covid-19, Caxias do Sul enfrenta um velho problema: o número de mortes violentas em 2020. Ao todo, neste ano, já são 27 casos no município. Porém, o mês de abril se destaca negativamente: em 14 dias, são sete homicídios. Ou seja, média de um crime contra a vida a cada dois dias.

Nas últimas horas, dois mortos foram encontrados na cidade. O último foi na madrugada desta terça-feira (14) no bairro Charqueadas. Alexandre da Silva Darão, de 26 anos, foi esfaqueado quando estava na Rua Cristiano Ramos de Oliveira. Ele foi identificado no Posto Médico Legal (PML) pela manhã por meio do confronto de impressões digitais.

Segundo testemunhas, Darão foi abordado por indivíduos que tentaram o forçar a entrar em uma área verde atrás de uma parada de ônibus. Diante da negativa, os criminosos começaram as agressões ali mesmo. Um dos golpes de faca acertou o peito da vítima que caiu já sem vida sobre o canteiro ao lado da estrada. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, entretanto, a vítima morreu antes de receber os primeiros socorros.

Já na tarde de segunda-feira (13), Luis Sérgio da Rosa, 49 anos, foi encontrado morto no bairro Rio Branco. A proprietária da residência foi quem o encontrou no quarto, após os vizinhos reclamarem do forte cheiro que vinha do local.

Conforme informações de testemunha, a vítima morava com um outro rapaz, no local desde a última quinta-feira (09), quando eles teriam alugado a residência. Depois disso nenhum dos dois foi visto. Pela manhã de segunda-feira (13), os vizinhos começaram a desconfiar do mau cheiro que vinha da parte inferior da casa localizada na Rua Maria Peline Rizzardi.

Durante a tarde, a proprietária da residência foi chamada para ir até o local. Ela tentou o contato com o morador, que era inquilino, entretanto, não foi atendida. Ela acionou um chaveiro que abriu a porta e, ao chegar no quarto da residência, a vítima foi encontrada caída sob uma cama.

Luis Sérgio estava com um saco amarrado na cabeça ao lado de uma poça de sangue. A Brigada Militar foi acionada e isolou o local até a chegada da Polícia Civil, Instituto Médico Legal (IML). Um exame de autópsia deve revelar a causa da morte, uma vez que de acordo com a Perícia, mesmo estando com um saco amarrado na cabeça, Sérgio não tinha marcas de cortes ou pancada. O exame deve demorar alguns dias já que é encaminhado para laboratório.