
A Coordenadoria da Mulher/Centro de Referência da Mulher de Farroupilha, chama atenção para um número preocupante no município. Somente até o dia 30 de novembro de 2025, o órgão registrou, em parceria com a Polícia Civil, 409 boletins de ocorrência referente aos mais diversos tipos de violência contra a mulher – física, sexual e psicológica, por exemplo. Deste número, foram 320 pedidos de medidas protetivas, sendo 316 deferidas pelo poder Judiciário.
Conforme a coordenadora do órgão Silvana de Lima, o número preocupa, uma vez que eles podem não refletir a realidade da situação do município, já que há casos em que mulheres sentem-se ou coagidas, ou envergonhadas, e acabam não registrando a agressão.
Dentro deste contexto, está em funcionamento a Medida Protetiva Online, que pode ser acessada por meio deste link, uma ferramenta digital idealizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul que permite o pedido de medidas protetivas pela internet, de forma rápida e segura. O objetivo é promover mais acessibilidade e proteção às mulheres em situação de violência doméstica.
Dados da Polícia Civil apontam que 93% das vítimas deixaram de denunciar os agressores especialmente por medo, sendo que a possibilidade do registro pela internet visa solucionar essa dificuldade, uma vez que a vítima não precisa comparecer ao órgão policial, conforme explica Silvana.
Entre os pedidos que podem ser realizados estão: afastamento do lar; proibição de o suspeito manter contato e de se aproximar da vítima e de seus familiares; proibição de frequentar determinados lugares; restrição de posse ou porte de armas; restrição ou suspensão das visitas a menores; e pensão alimentícia.
As denúncias também podem ser feitas através do número 180 ou ainda por meio do Centro Estadual de Referência da Mulher “Vânia Araújo Machado” (CRMVAM), que é uma rede estadual de acolhimento às mulheres, vinculado ao Departamento de Políticas para as Mulheres.
No CRMVAM, as mulheres são orientadas por psicólogas, advogadas e assistentes sociais capazes de promover o atendimento integrado dessas mulheres que se encontram em situação vulnerável de violência. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, entre às 8h30min e às 18h, através do telefone Rede Lilás – 0800 541 0803.
Vale lembrar que ocorrências envolvendo casos graves e urgentes, tais como homicídios, feminicídios, estupros, sequestro e cárcere privado, ficam restritas ao atendimento presencial.
Em caso de urgência, ligue 190!