Bento Gonçalves - O UGEIRM Sindicato emitiu alerta que as constantes exonerações na segurança pública do RS já prejudicam o funcionamento da Polícia Civil e do Instituto Geral de Perícias (IGP) também na Serra Gaúcha, especialmente em Bento Gonçalves. Apenas na Polícia Civil, o número de saídas chega a 50 este ano no estado, enquanto a Polícia Penal registrou mais de 100 exonerações em 2025.
Impacto
De acordo com o sindicato, a falta de servidores força policiais civis de Bento a percorrer cerca de 100 quilômetros (ida e volta) até Caxias do Sul para realizar exames de corpo de delito e atendimentos a vítimas de violência sexual, por exemplo, atrasando investigações e dificultando o acolhimento das vítimas. O cenário evidencia problemas estruturais e risco de colapso no atendimento à população, segundo o Ugeirm.
O sindicato também alertou que o IGP de Caxias do Sul será impactado pela sobrecarga de trabalho, uma vez que terá de absorver as demandas de Bento Gonçalves.
O vice-presidente do UGEIRM, Fábio Castro, critica a postura do governo estadual, que, segundo ele, prioriza ações midiáticas em vez de valorizar os profissionais da segurança pública.
“Uma política de segurança, por mais bem planejada que seja, não se sustenta sem os profissionais que a executam diariamente. O que vemos hoje é uma bolha prestes a estourar”, alerta Castro.
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O sindicato reforça que medidas urgentes de reposição de efetivo e valorização dos servidores são essenciais para garantir que a população continue a receber atendimento seguro e eficiente nos serviços de segurança pública.
Tentativa
O vereador Moisés Scussel, de Bento Gonçalves, esteve na sede do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS), em Porto Alegre, para tratar da situação do Posto Médico Legal (PML) do município, que teve o horário de atendimento reduzido. O encontro buscou encaminhar uma solução definitiva para o restabelecimento integral dos serviços.
Scussel foi recebido pelo diretor-geral do IGP-RS, Dr. Paulo Barragan, em audiência que contou ainda com os representantes do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil (Ugeirm), Fábio Castro e Jones Talai, além da assessora parlamentar Daniela Vilela, representando o deputado estadual Carlos Búrigo.
