Rio Grande do Sul - A Delegacia Online (DOL) da Polícia Civil do Rio Grande do Sul já responde por quase 40% de todos os registros de ocorrências no Estado. Em 2024, do total de quase 1,5 milhão de Boletins de Ocorrência (BOs), mais de 516 mil foram realizados pela plataforma digital, o que representa 36,2%. Em 2025, até julho, o índice já chega a 38%.
Criada em 2002, a DOL cresceu ao longo dos anos e hoje permite o registro de dezenas de ocorrências sem necessidade de ir até uma delegacia. Segundo a delegada titular da unidade, Viviane Francisco Pinto, inicialmente poucos fatos podiam ser relatados de forma online. Atualmente, vão desde perdas de documentos e acidentes de trânsito sem vítimas até crimes como estelionato, ameaças, abigeato e pedidos de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs).
“Em 10 anos, passamos de 8% para quase 40% de registros feitos online. Isso mostra a consolidação e a confiança da população nesse canal”, destacou a delegada.
Novos espaços digitais
- Delegacia Online da Mulher (2022) – que em 2025 passou a permitir solicitação de MPUs;
- Delegacia Online do Agro (Agrodol) (2023);
- Delegacia Online da Diversidade (2024).
O acesso é simples, feito por computador ou celular, exigindo apenas CPF e internet. Para casos como MPUs, é necessário cadastro no Gov.br, garantindo mais segurança. Cada registro é analisado por policiais: se aceito, segue para investigação; se negado, o cidadão recebe orientação para corrigir.
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Ocorrências mais comuns
Segundo a Polícia Civil, os fatos mais registrados pela DOL são ameaças, perdas de documentos, estelionatos e furtos. Desde a possibilidade de pedir MPUs online, houve grande procura, especialmente na Delegacia da Mulher.
A delegada reforça a importância do registro, seja presencial ou online:
“Precisamos que a informação chegue até nós para que possamos agir. Quanto mais dados e evidências forem incluídos, melhor será a investigação.”
Com a expansão e modernização da DOL, a Polícia Civil busca facilitar o acesso da população, reduzir burocracias e fortalecer o trabalho investigativo, consolidando a plataforma como ferramenta estratégica para a segurança pública no Rio Grande do Sul.
