Porto Alegre - A Polícia Civil revelou, na manhã desta terça-feira (16), que o publicitário Ricardo Jardim, que deixou parte do corpo da namorada em uma mala na rodoviária de Porto Alegre, teria mantido o corpo dela em uma geladeira por cinco dias na pousada onde o casal residia, na zona Norte da Capital.
De acordo com o delegado André Freitas, o suspeito do assassinato de Brasília Costa, de 65 anos, teria mantido o corpo da vítima para elaborar com calma o que faria e onde espalharia os membros.
Segundo as investigações, Jardim comprou luvas, lona e uma serra entre os dias 8 e 9 de agosto. A vítima teria sido morta entre estes dias. O suspeito teria admitido que forrou o chão da pousada para evitar que outros moradores ouvissem ruídos do esquartejamento. Ele teria utilizado uma serra durante o ato.
Seguindo a linha temporal, ele comprou a mala em que o corpo seria deixado na rodoviária em 14 de agosto. O corpo foi deixado na rodoviária no dia 20 daquele mês.
Prisão e processo legal
Ricardo Jardim está preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Charqueadas II. Ele passou três dias no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), onde foi realizada a sua audiência de custódia.
A Defensoria Pública atuou na audiência de custódia. Caso Jardim não apresente um advogado particular, a instituição atuará na defesa e se manifestará somente nos autos do processo.
O suspeito segue isolado em uma cela na ala de triagem desde que chegou na unidade. Ele deverá passar um período mínimo de dez dias ali, segundo o procedimento padrão.