A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigações Criminais, deflagrou a Operação False Care, na manhã desta quinta-feira (16). O objetivo da ação é combater crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato contra a administração pública. Duas pessoas foram presas, sendo também apreendidos três veículos de luxo.
Durante a manhã, foram constatados 10 casos de fraudes, em oito cidades gaúchas. Entre elas, Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. As demais em Esteio, Canoas, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São Leopoldo e Viamão.
Segundo o delegado Max Otto Ritter, são investigadas condutas em falsificação de orçamentos apresentados em processos judiciais, tendo por objeto a prestação de serviços de Home Care por uma empresa, mediante valores superfaturados e fornecimento de documentos em nome de outras empresas concorrentes no mercado.
“No curso das investigações, constatou-se que as fraudes teriam ocorrido em, pelo menos, 10 casos, em diversas Comarcas, tendo por vítimas o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul – IPÊ/Saúde e planos de saúde privados”, esclarece Max.
A investigação iniciou há oito meses. Nesta manhã, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em em residências e sedes da empresa investigada em Porto Alegre, além de três sequestros de bens móveis de luxo, possivelmente adquiridos com dinheiro resultante do proveito dos crimes.
Conforme Ritter, as condutas praticadas causaram potencial e expressivo prejuízo aos cofres públicos estaduais e induziram a erro as Autoridades Judiciárias e os representantes do Ministério Público em inúmeras Comarcas do Estado.
As ações da Polícia Civil contam com o apoio de Auditores do Estado, integrantes da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, os quais procederão a verificação da lesão causada ao Tesouro Estadual.