A Polícia Civil, por meio da Divisão da Criança e do Adolescente (DCA), do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), identificou três adolescentes que ameaçavam realizar ataque em escola da Capital. Nessa quarta-feira (11), foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de um dos jovens, de 15 anos de idade.
No local, foram apreendidas uma pistola e uma carabina de airsoft (réplicas não letais de armas que utilizam projetis plásticos) utilizadas para jogos de tiro ou treinamento policial, fogos de artifícios, carregadores, dois pacotes de munições de airsoft, uma bandeira verde-oliva e um bastão.
As investigações iniciaram após um adolescente, também com 15 anos de idade, publicar nas redes sociais que realizaria um massacre nesta sexta-feira (13), e que estaria recrutando outros para participarem do ato. Posteriormente, o adolescente teria mudado de idéia, indicando que poderia fazer o ataque a qualquer momento. Ele foi identificado pela escola e conduzido até a Divisão da Criança e do Adolescente para a realização de registro policial, quando então a Polícia Civil aprofundou as investigações.
A partir de então, outro adolescente, de 14 anos, apresentou-se nas redes sociais como quem executaria o plano do seu antecessor, dizendo que possuía canivetes, coquetéis molotov e máscaras, sendo imediatamente identificado e conduzido até a 2ª Delegacia de Polícia para o Adolescente Infrator (2ªDPAI/DCA), onde prestou depoimento junto com a sua responsável. Na ocasião, um caderno com anotações foi apreendido. A investigação avançou e a Polícia Civil realizou a identificação de um grupo de alunos que estaria envolvido com as publicações ameaçadoras nas redes sociais.
Segundo o Delegado Thiago Albeche, Diretor da DCA e responsável investigações, a Polícia Civil está atenta a toda e qualquer ameaça no âmbito das escolas e agirá com celeridade nesses casos. “Não há espaço para brincadeiras ou cogitações envolvendo este assunto. A Polícia Civil agirá de imediato e possui compromisso em procurar garantir nas escolas um ambiente de paz, adequado ao aprendizado e à construção do conhecimento. Recomendamos que, nem mesmo em tom de brincadeira, sejam realizadas ameaças de qualquer tipo de violência individual ou coletiva em âmbito escolar”, salientou Albeche
O delegado esclarece que as investigações continuarão até que outros jovens que estejam realizando essas condutas sejam identificados, destacando a importância de uma participação ativa das direções das escolas e demais profissionais para o encaminhamento adequado das denúncias.