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Pai de menor morto em confronto com a BM também morreu ao confrontar policiais em Caxias

Pai de menor morto em confronto com a BM também morreu ao confrontar policiais em Caxias

A morte do adolescente Alceu Henrique da Silva de Abreu, de 14 anos, durante um confronto com policiais da Brigada Militar (BM) na noite de terça-feira (21) em Caxias do Sul, não é a primeira no histórico família. Em 2005, o pai do então recém-nascido, Volnei Borges de Abreu, 30 anos à época, também morreu ao atirar e confrontar policiais militares na cidade.

Na madrugada de 5 de junho daquele ano, Volnei e dois comparsas estavam em um Vectra de cor prata em situação de roubo quando foram flagrados trafegando no entroncamento da Avenida Bom Pastor com a Perimetral Sul. Policiais da BM deram ordem de parada ao trio. A solicitação não foi respeitada e os indivíduos fugiram em alta velocidade.

Já na região do bairro Panazzolo, próximo a uma boate, um dos ocupantes do carro roubado atirou contra os PMs. Os agentes revidaram, acertando o veículo, mas a fuga seguiu. Logo adiante, na Rua Francisco Pezzi, o condutor do Vectra perdeu o controle do carro e colidiu em árvores do lado direito da via.

Em nova tentativa de abordagem, os policiais novamente foram recebidos com disparos e houve o confronto. O passageiro foi visto com arma em punho e atingido. Um dos criminosos morreu na hora. Já Volnei, chegou a ser socorrido mas faleceu no Hospital Pompéia. Dois revólveres foram apreendidos na ocasião.

No bairro Cruzeiro
Por volta das 22h15min, no apartamento de um prédio na Rua José Bonifácio, uma ação do 4° Batalhão de Choque da BM culminou em um confronto em duas mortes. Quando os PMs chegaram ao local para averiguar uma denúncia de tráfico de drogas, foram recebidos a tiros por dois indivíduos que estavam no imóvel. Ambos foram baleados e morreram. Eles foram identificados como Alceu Henrique da Silva de Abreu, 14, e Rafael Machado Ribeiro, 17. No apartamento, os PMs apreenderam R$1.190,00, celulares, balança de precisão, 145g de maconha, toucas ninjas, rádio comunicador HT, colete balístico, duas pistolas calibre 380 com carregadores sobressalente e 211 munições de diferentes calibres.

Foto: Mauro Teixeira/Grupo RSCOM

Armas em redes sociais
Logo após o confronto e a confirmação das mortes dos adolescentes, fotos de, pelo menos, um dos menores ostentando uma pistola foram divulgadas em grupos de WhatsApp. Há a suspeita de que ambos fossem integrantes de uma facção criminosa atuante na Serra Gaúcha. O adolescente de 17 anos teria cometido diversos atos infracionais análogos a furto qualificado, porte ilegal de arma de fogo, roubo a pedestre, receptação de veículo, entre outros.