DESCUIDADO

Ministério Público investiga fraude na saúde envolvendo 13 prefeituras gaúchas

A investigação revelou que uma empresa de assessoria em políticas públicas, com sede em Erechim, falsificava documentos para simular atendimentos na saúde

Ministério Público investiga fraude na saúde envolvendo 13 prefeituras gaúchas Ministério Público investiga fraude na saúde envolvendo 13 prefeituras gaúchas Ministério Público investiga fraude na saúde envolvendo 13 prefeituras gaúchas Ministério Público investiga fraude na saúde envolvendo 13 prefeituras gaúchas
(MP/Divulgação)
(MP/Divulgação)

Rio Grande do Sul - O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou a Operação Descuidado, que apura um esquema de fraude em repasses da saúde envolvendo 13 prefeituras gaúchas. Os nomes das cidades não foram divulgados.

A investigação revelou que uma empresa de assessoria em políticas públicas, com sede em Erechim, falsificava documentos para simular atendimentos na saúde. O objetivo era burlar os critérios do Projeto Rede Bem Cuidar e garantir que os municípios recebessem recursos estaduais de forma ilegal.

Segundo o promotor de Justiça José Eduardo Coelho Corsini, responsável pelo caso, a fraude representa uma grave violação à moralidade no uso de recursos públicos, prejudicando diretamente o atendimento na área da saúde e gerando expressivo prejuízo ao erário.

Mandados cumpridos em Erechim e Capivari do Sul
Durante a operação, o Ministério Público cumpriu dois mandados judiciais. Um deles foi de busca e apreensão no escritório do empresário investigado em Erechim, e outro de busca pessoal em Capivari do Sul, onde o empresário estava no momento da operação.

O material apreendido está sendo analisado e deve ajudar a apurar o total de valores desviados e a identificar outros envolvidos no esquema. As investigações apontam que a fraude pode ter ocorrido de forma contínua, ao longo de vários anos, já que os repasses do Estado às prefeituras são mensais.

Fraude e Saúde Pública

O Ministério Público informou que os documentos falsificados criavam uma demanda artificial por serviços de saúde, simulando atendimentos que nunca aconteceram. Isso permitia que as prefeituras acessassem verbas públicas sem cumprir os requisitos reais.

O valor total do prejuízo ainda está em levantamento, conforme a análise do material apreendido. A investigação segue em andamento.