CRIMINOSO PROCURADO

Mentor de assalto à joalheria em Cotiporã é preso em Santa Catarina

Foragido foi surpreendido por policiais à paisana enquanto almoçava em Itapema; ele é condenado a 72 anos de prisão

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Luciano da Silveira, 47 anos, um dos mentores do assalto à fábrica de joias Guindani, em Cotiporã, foi preso na tarde desta quarta-feira (21). Ele foi surpreendido enquanto almoçava em um restaurante no bairro Meia Praia, em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. Foragido da Justiça, ele era considerado um dos criminosos mais perigosos do Sul do país.

Conhecido como “Puro Osso” ou “Seco Lúcio”, Luciano da Silveira foi surpreendido por dois policiais militares à paisana, que o reconheceram e realizaram a abordagem dentro do restaurante. Ao perceber que seria preso, ele sacou uma pistola e tentou reagir, iniciando uma luta corporal com os agentes. Apesar da resistência, foi imobilizado. Uma mulher que estava com ele também tentou interferir, mas foi contida. Ninguém ficou ferido.

Condenação e histórico criminal

Luciano tinha um mandado de prisão definitivo expedido pela Justiça do Rio Grande do Sul, com pena total de 72 anos, um mês e 20 dias a cumprir, por crimes como roubo a banco, uso de explosivos, sequestros e organização criminosa. Ele é apontado como um dos líderes da facção gaúcha “Os Manos” e suspeito de envolvimento em diversos crimes violentos no RS e em SC.

O assalto em Cotiporã, em dezembro de 2012, marcou seu nome na crônica policial do estado. A ação envolveu uma quadrilha fortemente armada, que invadiu a joalheria, fez reféns e usou explosivos para acessar cofres e portas blindadas. A resposta policial mobilizou mais de 120 agentes e terminou com três criminosos mortos.

Além desse caso, “Puro Osso” é suspeito de participação em outros crimes de grande impacto, como o ataque a um carro-forte na Serra Dona Francisca, em 2012, e um assalto semelhante em Praia Grande, em 2011, ambos em Santa Catarina.

Atuação Interestadual

Natural de Criciúma (SC), Luciano se movimentava entre cidades catarinenses e gaúchas para despistar as autoridades. Segundo a polícia, a atuação interestadual tem se tornado comum entre membros de facções, que praticam crimes em um estado e se escondem em outro.

Preso por volta das 20h30, ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Itapema e agora está à disposição da Justiça gaúcha.

*Com informações de Rádio Cidades SC e Jornal Razão