JUSTIÇA

Mãe vira ré por morte de gêmeas de seis anos em Igrejinha

Denúncia do Ministério Público aponta que mulher é suspeita de duplo feminicídio; ela segue presa preventivamente

Mãe vira ré por morte de gêmeas de seis anos em Igrejinha

O Juiz de Direito Diogo Bononi Freitas, da 1ª Vara Judicial de Igrejinha, no Vale do Paranhana, aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra mãe a suspeita de envolvimento na morte das filhas gêmeas, de 6 anos. Assim, a mulher se torna ré por duplo feminicídio. As crianças morreram em outubro do ano passado. A ré segue presa preventivamente até a decisão final da Justiça.

Na decisão, o magistrado considerou que, em análise superficial dos autos e do expediente vinculado, que existem evidências da autoria do crime.

“Se encontram presentes indícios de autoria e da materialidade dos delitos imputados à acusada, sendo o quanto basta para a admissibilidade da peça incoativa, em um juízo preliminar”, destaca o magistrado.

O juiz autorizou, ainda, o pedido de diligências feito pelo MP. Os processos os laudos toxicológicos e laboratoriais pendentes das vítimas e e auto de necropsia de uma das gêmeas serão juntados ao processo.

Mãe pesquisou sobre veneno de rato na internet

A mãe das gêmeas de 6 anos que morreram em Igrejinha teria pesquisado sobre veneno na internet. Conforme a Polícia Civil, as buscas foram feitas no celular dela, em janeiro, para descobrir se veneno de rato seria “capaz de matar um ser humano”.

As crianças morreram nos dias 7 e 15 de outubro de 2024Contudo, o advogado dela, José Paulo Schneider, destacou que não há provas de que Gisele tenha sido responsável pela pesquisa e que o então companheiro dela tinha acesso irrestrito ao celular.

Segundo a investigação da Polícia Civil, o ex-marido de Gisele teria comprado, ao lado dela, pacotes de veneno de rato em setembro. Entretanto, o homem não é considerado suspeito.