JULGAMENTO

TJRS reduz penas, mas mantém prisão dos quatro condenados pela tragédia da Boate Kiss

A desembargadora Rosane Wanner da Silva Bordasch, relatora do caso, propôs diminuir as penas, mas manter a prisão dos réus. Os colegas de Câmara acompanharam o voto.

BOATE KISS
Foto: Fernando Frazão/AB

Rio Grande do Sul - O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu, por unanimidade, reduzir as penas dos quatro condenados pelo incêndio da Boate Kiss, mas confirmou a manutenção das condenações e das prisões. A 1ª Câmara Especial Criminal analisou os recursos das defesas na manhã desta terça-feira (26), em Porto Alegre.

A tragédia em Santa Maria, em janeiro de 2013, matou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas. O Tribunal do Júri, em dezembro de 2021, havia condenado os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão.

Durante o julgamento dos recursos, os advogados pediram a anulação do júri, um novo julgamento e a redução das penas. O Ministério Público, por outro lado, reforçou a validade das condenações.

A desembargadora Rosane Wanner da Silva Bordasch, relatora do caso, propôs diminuir as penas, mas manter a prisão dos réus. Os colegas de Câmara acompanharam o voto.

Redução das Penas

O TJRS reduziu a pena de Elissandro de 22 para 12 anos de reclusão. Mauro passou de 19 para 12 anos. Os músicos Marcelo e Luciano receberam pena de 11 anos cada, contra os 18 definidos anteriormente pelo júri. Todos seguirão em regime fechado.