O Procon Caxias do Sul instaurou, nesta quarta-feira (30), um processo administrativo coletivo contra a Claro S.A. e a Info Cell Comércio de Celulares Ltda, após o recebimento de mais de 50 denúncias de consumidores. As reclamações apontaram adulteração unilateral de contratos e indícios de fraudes contra os clientes, com alterações nos valores de pacotes e pagamentos acertados anteriormente.
De acordo com as denúncias, os funcionários das empresas falsificavam as assinaturas dos clientes, geravam novos contratos e alteravam valores que não estavam de acordo com o que o consumidor havia acertado num primeiro momento. Além da reclamação no Procon, alguns clientes também registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil.
“Isso é um desrespeito ao consumidor. Vamos investigar essas denúncias, mas o que já temos conhecimento é que foi realizada uma adulteração unilateral dos contratos, com pacotes e valores muito maiores do que os acordados com os clientes. Quem se sentir lesado deve procurar pessoalmente o Procon Caxias do Sul e registrar boletim de ocorrência na polícia”, explica o coordenador do órgão, Luiz Fernando Del Rio Horn.
O Procon Caxias do Sul ainda determinará o comparecimento de um representante legal das empresas para que preste esclarecimentos e informações pessoalmente e diretamente ao órgão fiscalizador. Independentemente disso, o processo administrativo instaurado, assim como outros que venham a ser iniciados caso mais consumidores aportem ao Procon, segue e com possibilidade de sanção administrativa, o que envolve multa.
Por meio de nota, a Claro S.A. reforçou que aplica rigorosas políticas de qualidade e descredenciou a empresa denunciada pelo Procon de Caxias do Sul do seu quadro.
“A Claro tem rigorosas políticas de qualidade com foco na experiência do cliente. A operadora afirma que descredenciou a empresa citada imediatamente após identificar o descumprimento dos padrões estabelecidos pela companhia. A Claro informa que está adotando todas as medidas cabíveis para sanar eventuais danos sofridos pelos clientes afetados.”