
Rio Grande do Sul - O Tribunal do Júri de Cachoeira do Sul condenou uma mulher a 19 anos de reclusão em regime fechado pelo homicídio qualificado do próprio filho recém-nascido. O crime aconteceu em agosto de 2015, quando a acusada deu à luz em casa, colocou o bebê em um saco plástico e o lançou em um açude, enquanto ele ainda estava vivo. A condenação foi divulgada na sexta (7).
Laudos periciais confirmaram que a criança nasceu com vida e morreu por asfixia e afogamento. A sentença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e crime cometido contra descendente, além da causa de aumento de pena por se tratar de vítima menor de 14 anos.
Durante o julgamento, o Ministério Público apresentou as provas reunidas ao longo da investigação, entre elas os laudos técnicos que comprovaram a vitalidade do bebê e o método utilizado no crime.
O promotor de Justiça Átila Castoldi Kochenborger, responsável pela acusação, ressaltou a importância do veredito:
“O Ministério Público atuou, desde o início do processo, com firmeza para garantir que esse crime hediondo não ficasse impune. A decisão do Tribunal do Júri reflete a repulsa da comunidade diante de condutas que atentam contra os valores mais fundamentais da convivência humana, em especial a morte premeditada de um bebê”, afirmou.
A decisão encerra um caso que chocou a população de Cachoeira do Sul.