
Cotiporã - A Justiça decretou a prisão preventiva de um inspetor da Polícia Civil que atua em Cotiporã. Ele é investigado por crimes praticados contra a companheira e a sogra, como ameaça, violência psicológica, estupro e importunação sexual. Há, ainda, suspeitas de importunação sexual, ameaça e constrangimento ilegal contra outras mulheres durante o exercício da função, inclusive dentro da delegacia.
Segundo a Divisão de Comunicação Social da Polícia Civil, o investigado foi preso e encaminhado à casa de custódia da Coordenadoria de Recursos Especiais. A decisão também determinou a suspensão do exercício da função pública.
A investigação começou após o depoimento da sogra, que relatou episódios de violência e abuso no ambiente familiar. A esposa também foi ouvida e descreveu comportamento controlador e agressivo.
Com a repercussão do caso no município, novas denúncias surgiram. Em depoimentos, outras mulheres relataram condutas semelhantes durante a atuação profissional do inspetor. Uma testemunha afirmou ter sido intimidada e assediada ao procurar a delegacia para registrar ocorrência.
Repercussão e Decisão Judicial
Na decisão, a Justiça aponta a “extrema gravidade da situação”, destacando que o investigado, “ocupando cargo com o dever de proteger a sociedade”, teria cometido delitos graves em “evidente abuso de autoridade”. O despacho também menciona que Cotiporã tem menos de 4 mil habitantes e que fatos dessa natureza geram forte comoção social, com “medo e indignação” na comunidade.
A prisão preventiva foi representada pela Polícia Civil, deferida pelo Ministério Público do Estado e decretada pelo Judiciário.
Nota da Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e a 2ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves atuam de forma conjunta no inquérito. A instituição destacou que solicitou e obteve medidas protetivas, a suspensão da função e a prisão preventiva do investigado, além de comunicar a Corregedoria-Geral, que acompanha o caso. A Polícia Civil afirmou, ainda, manter “compromisso com a transparência, a legalidade e a ética na apuração rigorosa dos fatos”.
*Com informações de Jornal Pioneiro/GZH