Farroupilha

Jogo do Grêmio, vinho e mal-estar: advogado explica ausência em Júri de Farroupilha

Carlos Alberto Sandoval teve um quadro de indisposição e justificou ausência formalmente antes do julgamento. Tribunal analisaria caso de tentativa de homicídio cometido em 2022

ADVOGADO
Advogado Carlos Alberto Sandoval (Foto: Redes Sociais)

O advogado Carlos Alberto Sandoval explicou o motivo de não estar presente no Júri popular marcado para a manhã desta quarta-feira (14) no Fórum de Farroupilha, onde atuaria na defesa de um réu acusado de uma tentativa de homicídio ocorrida em 2022.

Em entrevista ao Portal Leouve ele comentou que na noite da última terça-feira (13) assistia o jogo do Grêmio pela Libertadores enquanto tomava vinho. O jogo ainda estava em 1×0 para o Fluminense quando ele foi ao banheiro:

“Eu tomei um vinho, estava um pouquinho frio, e o Grêmio estava perdendo. Eu não me senti bem, fui ao banheiro, demorei um pouco e quando voltei o Grêmio estava ganhando de 2×1, então eu tomei o restante do vinho e fui dormir”, explicou.

Sandoval ressaltou que assumiu o caso do réu na terça-feira à tarde, ou seja, menos de 24 horas antes do Júri. Na manhã de ontem (14), por volta das 08h acordou mas não conseguia nem ligar a luz do quarto, isso por conta de uma indisposição:

“Eu fiquei muito mal. Eu imediatamente entrei em contato com o meu sócio, disse para ele comparecer no Fórum, pegar a procuração do réu e protocolar a comunicação oficial, a justificativa de que eu não iria comparecer e pedia o adiamento do Júri. Isso foi protocolado às 09h14 e meu prazo era até 09h30, mas infelizmente ninguém leu minha justificativa”.

O Júri popular estava marcado para às 09h, dessa forma o advogado teria que informar sobre a ausência até 09h30. O advogado ainda explanou sua revolta com o Juíz Enzo Carlo de Gesu e com o Promotor de Justiça Rodolfo Grezzana:

“(O Juíz) Se manifestou no processo dizendo que eu não compareci, não justifiquei, que fui relapso e mandou me processar na OAB. E o promotor pior ainda, dizendo que eu causei prejuízo ao erário público, que fui relapso, irresponsável, resumindo, me execraram publicamente, entretanto, essas pessoas que têm obrigação de ler o processo não leram, foram relapsas, foram irresponsáveis e injustas, me acusaram de um crime que não cometi”.

Por conta da ausência, penas poderiam ser aplicadas ao advogado, porém ele diz não temer qualquer tipo de sansão:

“Não vai haver medida nenhuma. Eles cometeram uma injustiça, uma irresponsabilidade. Às 09h14 estava justificado, a lei obriga um advogado a justificar e foi justificado dentro do prazo, então tenho minha consciência tranquila”, afirmou Carlos Alberto Sandoval.

O advogado de defesa afirmou que estará presente na nova data do Júri popular, que agora deve ocorrer no dia 18 de setembro, às 09h, no Fórum de Farroupilha.