Rio Grande do Sul - O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça de Ivoti, denunciou uma mulher de 32 anos por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. A Justiça aceitou a denúncia em 8 de agosto, e a acusada foi citada em 12 de agosto para apresentar resposta à acusação no prazo legal de 10 dias. O fato foi divulgado na noite de segunda (18) pelo MP.
De acordo com o inquérito policial, a mulher atuava como psicóloga sem ter formação acadêmica na área e sem registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP). Mesmo assim, entre 2023 e maio de 2025, ela realizou atendimentos clínicos em municípios como Porto Alegre, Canoas e Guaíba.
Durante esse período, atendeu crianças e adolescentes com transtornos do neurodesenvolvimento, incluindo casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ela emitia diagnósticos, orientações e encaminhamentos, sem a qualificação exigida por lei.
Além de atuar ilegalmente, a acusada usava de forma indevida o número de registro profissional de uma psicóloga regularmente inscrita no CRP. Ela produziu carimbos com dados falsos e se apresentava como profissional da Psicologia em redes sociais e eventos. Com isso, induziu famílias e instituições ao erro, passando credibilidade por meio de documentos forjados.
Impacto da Atuação Ilegal
A promotora de Justiça Marcéli da Silva Serafim Preis destacou que a atuação da denunciada teve impacto direto em famílias vulneráveis. “A denunciada, com sua conduta, atingiu número considerável de famílias em busca de encaminhamentos para tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento como TEA e TDAH, provocando danos irreparáveis às crianças e adolescentes atendidos, considerando o tempo sem intervenção adequada e o manejo desqualificado, além do prejuízo financeiro”, afirmou.
O caso segue tramitando na Justiça.