(MP/Divulgação)
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Nove integrantes de uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 30 milhões em esquemas de tráfico, armas e lavagem de dinheiro receberam condenações que variam de 11 a 16 anos de prisão em regime fechado. A sentença, proferida nesta segunda (10) resulta da primeira fase da Operação Contas Abertas, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS), por meio do 5º Núcleo – Serra.

As investigações apontaram que os criminosos mantinham um forte esquema de tráfico de drogas e comércio ilegal de armas com base em Bento Gonçalves e ramificações em outros municípios da Serra. Segundo o promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, que coordenou a operação, parte do grupo continuava a operar mesmo dentro da prisão.

“Alguns dos condenados comandavam o esquema de dentro da penitenciária, usando celulares para repassar ordens, movimentar dinheiro e controlar a distribuição de drogas”, afirmou o promotor.

O Ministério Público identificou que os criminosos utilizavam empresas de fachada e contas bancárias de terceiros para lavar o dinheiro proveniente do tráfico. As movimentações somaram mais de R$ 30 milhões, conforme as ações ajuizadas até o momento.

Operação Contas Abertas

Deflagrada em junho de 2024, a primeira fase da Operação Contas Abertas realizou ações simultâneas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. A ofensiva resultou em 32 prisões, bloqueio de 274 contas bancárias e apreensão de 25 veículos e cinco imóveis. Outros 26 réus ainda respondem a processos judiciais relacionados à mesma fase.

Andamento da Operação e Próximos Passos

A segunda etapa, executada em setembro deste ano, concentrou-se em Bento Gonçalves e Paim Filho, com um preso em flagrante e bloqueio de 224 contas bancárias. As equipes apreenderam 12 imóveis e dois veículos. Essa fase segue em andamento, e novas denúncias devem ser apresentadas nos próximos dias.