Serra Gaúcha - O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou por feminicídio duplamente majorado o jovem de 20 anos que matou a madrasta, de 45, em Vila Maria, entre a Serra Gaúcha e o Norte do Estado. O crime aconteceu no dia 16 de julho, dentro da casa da vítima, e, segundo a Promotoria, foi cometido com extrema violência e crueldade.
De acordo com a denúncia apresentada em 5 de agosto pelo promotor de Justiça Bruno Bonamente, de Marau, o assassinato foi motivado por uma desavença familiar. O crime foi enquadrado como feminicídio por ter sido praticado em razão da condição do sexo feminino e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima — que foi surpreendida e atacada pelas costas com diversos golpes na região do pescoço.
“Esse foi um crime que chocou muito a comunidade de Vila Maria, que é um pequeno município de 15 mil habitantes, e foi o primeiro feminicídio da história da cidade”, afirmou o promotor. “A responsabilização penal é essencial não apenas para garantir justiça à vítima e seus familiares, mas também para reafirmar o compromisso institucional do Ministério Público com o enfrentamento à violência contra a mulher e com a proteção da vida.”
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Detalhes da Denúncia e Investigação
Paralelamente à ação penal, foi instaurado em 22 de julho um incidente de insanidade mental, após a alegação de que o acusado possui doença mental. O exame médico irá determinar se ele é imputável ou não. A tramitação do processo criminal está suspensa até a conclusão dessa avaliação psiquiátrica.
O jovem foi preso em flagrante logo após o crime e permanece detido preventivamente.
O caso gerou comoção em Vila Maria, cidade que agora convive com a dor e a perplexidade diante de um crime que marca tragicamente sua história.
