JULGAMENTO

Tribunal do Júri de Caxias do Sul absolve dois réus acusados de homicídio ocorrido em 2005

Réus foram inocentados após tribunal concluir que um não participou do crime e o outro agiu em legítima defesa. Um deles, líder de facção criminosa, cumpre pena por triplo homicídio

Tribunal do Júri de Caxias do Sul absolve dois réus acusados de homicídio ocorrido em 2005
Imagem ilustrativa: Marcelo Oliveira/Grupo RSCOM

O tribunal do júri da 1ª Vara Criminal de Caxias do Sul absolveu Osoni da Conceição e Ailton Jesus da Luz das acusações de homicídio de Telmo Henrique Mariani. O fato ocorreu em 11 de dezembro de 2005, em frente a uma casa noturna, na Avenida São Leopoldo, em Caxias do Sul.

No julgamento, realizado nesta quarta-feira (6), foi concluído que Osoni não participou do crime, enquanto Ailton, representado pela Defensoria Pública, teria agido em legítima defesa. O promotor Ronaldo Lara Resende, que atuou pela acusação, declarou que não recorrerá da sentença uma vez que o próprio Ministério Público indicou a absolvição dos réus.

Osoni da Conceição, conhecido como Dudu, é líder de uma facção criminosa em Caxias do Sul e possui uma extensa ficha criminal. Ele cumpre pena de 30 anos de prisão por outro crime, um triplo homicídio ocorrido em 2007. Osoni permaneceu foragido desde 2020, até que a Polícia Civil o capturou no início deste ano, em um apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Crime em 2005

Segundo o Ministério Público (MP), Ailton Jesus da Luz efetuou diversos disparos de arma de fogo contra Telmo Henrique Mariani após uma briga entre os acusados e seguranças de uma casa noturna, de onde foram expulsos. Ailton buscou a arma em seu carro e, incentivado por Osoni, atirou na vítima.

Logo após os acusados fugiram levando o revólver calibre 38 utilizado no assassinato. Posteriormente, durante a operação policial, a arma foi localizada e apreendida, confirmando a posse ilegal pelos réus. A polícia apreendeu também o veículo usado na fuga ainda no mesmo dia, no bairro Floresta. Em seguida, em seus depoimentos, os acusados alegaram que agiram em legítima defesa, tese que foi aceita pelo júri desta quarta.