Desde sexta-feira, 1º de agosto, parte dos radares fixos em rodovias federais está fora de operação no Brasil. O motivo é a insuficiência de recursos para manter o contrato com as empresas responsáveis pela fiscalização eletrônica, conforme informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que ainda não se manifestou oficialmente sobre a paralisação.
A suspensão afeta apenas os equipamentos instalados em trechos sob gestão direta do Dnit, excluindo as rodovias pedagiadas, como as BRs 101, 386 e a Freeway, onde os radares seguem funcionando normalmente, administrados pelas concessionárias.
Apesar de o Dnit ter divulgado em julho que se tratava de um “ajuste orçamentário pontual” e que buscava soluções junto ao Ministério dos Transportes e à Casa Civil, documentos mostram que o desligamento já estava previsto. A empresa Fotosensores, responsável pelos equipamentos no Rio Grande do Sul, foi oficialmente notificada com antecedência.
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O corte no orçamento compromete a continuidade do Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV). Para 2025, a projeção de gastos com o contrato é de R$ 164,5 milhões, mas apenas R$ 79,6 milhões estão disponíveis — menos da metade do necessário. Técnicos do programa já alertavam para o risco de paralisações desde o planejamento orçamentário.
Impacto Regional e Ações da PRF
Na região de Bento Gonçalves, três radares foram desativados no trecho da BR-470 entre o município e Garibaldi (quilômetros 215, 216 e 218). Em Caxias do Sul, dez equipamentos da BR-116 também estão inativos (Presidente Vargas, Jardim Eldorado, Castelo, dois no Planalto, dois no Santa Corona, dois no Parada Cristal e um no Santos Dumont).
Segundo o chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da 6ª Delegacia da PRF de Bento Gonçalves, Jardel Luís Vettorato, ainda não há previsão para o retorno dos radares. Ele afirma que o uso de radares móveis será ampliado e pede que os motoristas colaborem respeitando os limites de velocidade e as regras de trânsito.
