Polícia

Casos de homicídios sobem 12,6 % em setembro no RS

Casos de homicídios sobem 12,6 % em setembro no RS

O número de vítimas de homicídios no Rio Grande do Sul sofreu acréscimo em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. O indicador passou de 111 óbitos para 125 (12,6%).
O resultado não modificou, contudo, o cenário no acumulado com as reduções verificadas desde janeiro. A comparação do intervalo de nove meses mostra queda de 1.377 vítimas, no ano passado, para 1.172, uma retração de 14,9% e o menor total desde 2006.

Conforme as autoridades, uma das razões para a alta verificada em setembro é a baixa base de comparação, já que o nono mês de 2020 foi justamente o período em que o Estado atingiu menor marca de homicídios no ano passado. O total atual de 125 vítimas ainda é o segundo menor da série histórica para o mês desde 2009 e o terceiro mais baixo entre os nove meses de janeiro até agora. Além disso, de acordo com a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Vanessa Pitrez, as apurações dos fatos indicam maior presença de homicídios que não têm ligação com outras práticas delituosas e que são, por essa razão, mais difíceis de se prevenir.

RS tem dois latrocínios a mais em setembro, mas acumulado segue em queda

Nos roubos com morte, o resultado é similar aos dos homicídios – alta em setembro, mas sem alterar a tendência de queda no acumulado desde o início de 2021. Foram dois latrocínios a mais no mês em relação aos quatro registrados em 2020 (50%), enquanto que na soma desde janeiro, o número de casos passou de 52 no ano passado para 50 neste ano. De acordo com a diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) da Polícia Civil, delegada Adriana Regina da Costa, as forças de segurança têm intensificado a ação preventiva e a investigação de crimes geradores de latrocínios, como roubo de veículo e a estabelecimento comercial, além de manter o alto índice de resolução dos roubos com morte.

Feminicídios fecham setembro em estabilidade

Após dois meses em alta, o número de mulheres assassinadas em razão do gênero no RS encerrou setembro em estabilidade. Foram cinco vítimas de feminicídio no Estado, repetindo a marca de 2020, que é a mais baixa para o mês desde o início da série histórica, em 2012. Dessa forma, não houve alteração no cenário de alta no acumulado desde janeiro – a soma de vítimas no período, que no ano passado era de 62, está em 78 neste ano (26%).

Como parte das estratégias para reverter o quadro, as forças de segurança seguem ampliando as estruturas de atendimento qualificado e acolhimento a mulheres vítimas de violência. As Patrulhas Maria da Penha (PMs), que no próximo dia 20 completam nove anos de implantação no Rio Grande do Sul, formaram no final de agosto mais 460 policiais militares que concluíram o Curso de Capacitação das PMPs. O reforço do efetivo especialmente treinado para lidar com crimes que envolvam a violência contra a mulher permite à BM ampliar a visitação das vítimas amparadas por medida protetiva, além de expandir a presença do serviço para municípios que ainda não a possuem. Nos últimos
dois anos, o número de cidades cobertas pelas PMPs passou de 46 para 114, um aumento de 148%.