Justiça

Cacique e vereador em Tenente Portela é condenado a prisão por roubos a bancos

Crimes foram cometidos em 2017

(foto: portela online)
(foto: portela online)

Atendendo ao pedido do Ministério Público, a Justiça de Tenente Portela, condenou o vereador e cacique da Reserva Indígena do Guarita, Valdonês Joaquim, à pena de 14 anos e 02 meses de prisão, e o pai dele, Valdir Joaquim, ex-cacique da mesma Reserva, a 13 anos e 23 dias de prisão. Ambos foram considerados culpados pelos crimes de associação criminosa, seis roubos qualificados e manutenção de reféns, bem como por dano qualificado pela utilização de substância inflamável e contra o patrimônio público. Ainda, foi imputado a Valdonês o crime de coação no curso do processo, pelo uso de violência contra autoridade.

Os crimes

Em abril de 2017, o MP ofereceu denúncia contra 13 pessoas por terem praticado os assaltos. A denúncia narra que eles, inicialmente, renderam, dentro do posto policial, o policial militar Marcos Valdemar Skalee, e roubaram armas de fogo, coletes balísticos e a própria viatura da Brigada Militar. O policial foi amarrado sobre o capô de um dos veículos, adaptado com furos na parte superior para prender as cordas. Esse veículo, com o PM sobre o capô, foi utilizado para o assalto. Chegando às agências, houve divisão do grupo: parte invadiu o Banrisul, outra parte o Sicredi, além de outros assaltantes, que ficaram na parte externa dos locais.

No interior das agências, encapuzados, os bandidos renderam clientes e funcionários e ordenaram que os gerentes abrissem os cofres. Após pegarem todo o dinheiro, eles conduziram os reféns à frente dos bancos e isolaram os locais com um “cordão humano”. Fugiram em seguida, levando consigo alguns reféns, que foram posteriormente liberados. A viatura foi incendiada na saída da cidade.

Na fuga, os assaltantes foram para dentro da Reserva do Guarita, onde esconderam as armas e parte do dinheiro roubado, para depois irem em direção à Carazinho. Valdonês e Valdir são as principais lideranças da Reserva Indígena do Guarita atualmente. Como caciques, passaram a controlar a área, que atualmente conta com 23 mil hectares e uma população de 6 mil habitantes.