O assessor político da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, Emerson Zanardi, de 49 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira (11), na BR-116, em Vila Cristina. A prisão aconteceu durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A prisão ocorreu em operação conjunta com a Brigada Militar.
Zanardi estava foragido da Justiça desde o dia 24 de outubro. Ele responde processo com base no Art. 24A da Lei Maria da Penha (11.340/2006), por descumprimento de uma decisão judicial que deferiu medidas protetivas de urgência. Segundo a PRF, ele estaria em um carro alugado e seguia de Caxias do Sul para Feliz.
O mandado de prisão preventiva, com validade até 2 de outubro de 2032, foi expedido pelo responsável do Juizado da Violência Doméstica, juiz Luis Filipe Lemos Almeida. Zanardi foi encaminhado para a Central de Polícia Civil e, logo após, ao Presídio Regional de Caxias do Sul.
Posteriormente, ocorre uma audiência de custódia, onde é decidida, ou não, a manutenção da prisão. Conforme a legislação, ele pode ser libertado por meio de arbitramento de fiança pelo magistrado.
Repercussão
O caso repercutiu no Legislativo, pois Zanardi é assessor político, exercendo cargo comissionado (CC) no gabinete do vereador Wagner Petrini, o Muleke (PSB). Na semana passada, havia informações e boatos em perfis de redes sociais alegando que o servidor não estaria comparecendo ao trabalho com receio de ser preso.
O presidente do diretório municipal do PSB, Adriano Boff, salientou que o partido não tem influência sobre a postura pessoal dos filiados. Segundo ele, a responsabilidade pelo futuro de Zanardi no gabinete é de Muleke.
“O PSB defende a Lei Maria da Penha. Então, cumpra-se a lei. Ele [Zanardi] não é empregado do partido e nem faz parte da diretoria executiva do partido. O vereador é o único responsável pela nomeação e/ou exoneração dos seus assessores”, salienta Adriano.
Na última sexta-feira (08), em declaração ao Portal Leouve, Muleke garantiu que Zanardi estava cumprindo expediente, normalmente, na Câmara. Durante a manhã, um vídeo que circulou em redes sociais, mostrava o assessor em atividade no gabinete.
Contudo, o parlamentar afirmou que a vida particular do assessor era da conta exclusiva dele. Mesmo assim, cobrou explicações e recebeu a informação que a questão jurídica estava sendo resolvida por meio da defesa dele.
Na manhã desta terça-feira (12), o vereador foi contatado pela reportagem do Portal Leouve para se manifestar sobre o caso. Petrini afirmou que “irá fazer tudo que determina a Lei”.