Foto: Andréia Copini
/Divulgação
Foto: Andréia Copini /Divulgação

O incêndio que destruiu uma residência e resultou na morte de um homem na manhã deste sábado (8), no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz, reacendeu a preocupação com as condições da área onde atuam recicladores na rua Cristóforo Randon, em Caxias do Sul. O local, conhecido como Zona do Cemitério e situado ao lado do Estádio Centenário, abriga casas e depósitos muito próximos entre si, o que aumenta o risco de propagação das chamas em casos de incêndio.

O prefeito Adiló Didomenico acompanhou o trabalho dos bombeiros e das equipes municipais no combate ao fogo. Segundo ele, a situação da área é antiga e vem sendo tratada com prioridade.

“Logo no início do incêndio, isolamos o trânsito e pedimos apoio do Samae. Esse tipo de material é difícil de apagar, precisa de muita água. Há três ou quatro anos venho tentando resolver essa situação, e o processo está em fase final. A ideia é liberar uma área aos fundos do campo suplementar para construir pavilhões e tirar essas famílias daqui. Sempre alertei para o risco de incêndios entre casas tão próximas”, afirmou o prefeito.

Adiló destacou ainda que o tempo chuvoso e sem vento ajudou a evitar que o fogo se espalhasse para outras residências. Ele elogiou o trabalho dos bombeiros pela resposta rápida e reforçou a necessidade de acelerar a transferência dos recicladores para um local adequado.

A Prefeitura de Caxias do Sul trabalha há alguns anos para construir pavilhões que abrigarão as atividades de reciclagem e permitirão a liberação da rua Cristóforo Randon para o trânsito. O projeto, doado pela SER Caxias ao município em 2023, prevê cinco estruturas com infraestrutura completa, incluindo banheiros, vestiários, pátio e paredes corta-fogo, em uma área de 2.593 metros quadrados nos fundos do campo suplementar do clube.

Segundo o secretário de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Marcus Vinicius Caberlon, o processo está em análise jurídica no Banrisul, que participa da operação junto com a Prefeitura e a SER Caxias.

“Acredito que ainda este ano assinaremos o contrato entre as três partes. Havia um problema com as matrículas quando houve a abertura da rua Cristóforo Randon, foi feito um ajuste nas matrículas dos lotes, dos terrenos, enfim, que foram desapropriados, consequentemente aquilo que havia sido aprovado anteriormente pelo conselho do banco precisa ser ratificado”, explicou.

Caberlon também informou que a construção dos pavilhões ficará a cargo do município, como contrapartida de um empreendedor que realizou um loteamento. A expectativa é de que, após a conclusão dos trâmites bancários e jurídicos, as obras possam começar ainda neste ano, permitindo a realocação das famílias e a redução dos riscos de novos incêndios na região.