INVESTIMENTO

SUS Gaúcho vai destinar R$ 1 bilhão adicional para a saúde até final de 2026

Programa visa reduzir em 70% as maiores filas de espera por cirurgias e consultas

Foto: Vitor Rosa/Secom
Foto: Vitor Rosa/Secom

Foi lançado oficialmente nesta quinta-feira (25) o programa SUS Gaúcho, que prevê um investimento adicional de R$ 1 bilhão na saúde pública do Rio Grande do Sul até o final de 2026. O governador Eduardo Leite e a secretária da Saúde Arita Bergman apresentaram a iniciativa no Palácio Piratini, destacando a meta de reduzir em 70% as maiores filas de espera por procedimentos eletivos.

O SUS Gaúcho se baseia nos princípios de regionalização, contratação de serviços focada nas necessidades da população e regulação de acesso transparente, com fila única baseada em critérios técnicos que priorizam os casos mais urgentes. Outra meta é fortalecer a prestação de serviços em hospitais municipais e de pequeno porte.

A secretária Arita Bergman explicou que o direcionamento do recurso foi definido por um Comitê Consultivo que reuniu SES, MP e entidades como Famurs e Conselho Estadual de Saúde. “Criamos o comitê para alinhar as ações prioritárias, com o objetivo principal de reduzir filas e distensionar as portas de entrada da saúde”, detalhou.

Até o final de 2025, serão injetados R$ 267,7 milhões extras. Para 2026, a previsão é de um acréscimo de R$ 758 milhões, que também vai contemplar a linha materno-infantil. 

Redução de filas como uma das prioridades

O programa vai investir R$ 175 milhões nos últimos três meses de 2025 para atender pacientes de oftalmologia e ortopedia, buscando uma redução de 70% nas filas dessas especialidades. Em 2026, mais R$ 180 milhões serão destinados a expandir a iniciativa para outras áreas, como cirurgia geral, dermatologia, otorrinolaringologia e urologia. O investimento total para redução de filas em dois anos será de R$ 355 milhões.

Foto: Arthur Vargas/Ascom SES

Investimentos do SUS Gaúcho

  • Urgência e emergência – R$ 21,75 milhões em 2025. Em 2026, o investimento será de R$ 87 milhões.
  • Unidades de pronto atendimento – R$ 8,6 milhões em 2025 e R$ 34,4 milhões em 2026, para as 38 unidades de pronto atendimento (UPAs) habilitadas no Rio Grande do Sul.
  • Pronto atendimentos municipais – R$ 2,6 milhões em 2025 e R$ 28,6 milhões em 2026. São 22 municípios, com um total de 26 serviços municipais de pronto atendimento. O valor para cada um deles varia entre R$ 30 mil e R$ 50 mil mensais.
  • Transporte de pacientes – R$ 12,6 milhões a 488 municípios gaúchos em 2025. Em 2026, o valor será de R$ 50,4 milhões.
  • Tratamento em casa – R$ 2,83 milhões até o final de 2025. Em 2026, o valor destinado será de R$ 11,3 milhões.
  • Atenção às pessoas com deficiência e reabilitação física – R$ 2,39 milhões em 2025 para o atendimento multiprofissional, com ortopedista, neuropediatra e psicólogo, entre outros profissionais. Em 2026, será R$ 9,5 milhões.
  • Ambulatório de feridas crônicas – R$ 2,4 milhões a mais do Estado em 2025 e R$ 9,6 milhões em 2026 para reforçar o atendimento multiprofissional.
  • Programa Assistir – R$ 14 milhões em 2025. Em 2026, o valor a ser destinado é de R$ 56 milhões. O objetivo é incorporar ao programa 58 novos serviços de referência;
  • Saúde mental – R$ 3,6 milhões em 60 municípios com até 15 mil habitantes em 2025. Em 2026, o valor investido será de R$ 14,4 milhões.
  • Tratamento intensivo – R$ 16,4 milhões em 2025 e de R$ 65,6 milhões em 2026. Haverá um aumento no valor das diárias de 855 leitos de UTI, o que equivale a 55% do total disponível no Estado, em 28 hospitais de alta complexidade, e para os 15 leitos de UTI para pacientes com queimaduras.
  • Hospitais municipais e de pequeno porte – R$ 5,57 milhões em recursos em 2025 e R$ 22,3 milhões em 2026, para 19 hospitais com até 99 leitos e para 14 hospitais acima de 100 leitos, além de 12 hospitais de pequeno porte.