PREVENÇÃO

Secretaria da Saúde emite alerta para tendência de aumento nos casos de covid-19 no RS

Vacinação e testagem são reforçadas como estratégias principais para conter avanço da doença

Foto: Divulgação
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A Secretaria da Saúde (SES) emitiu nota informativa recomendando aos municípios que reforcem as medidas de prevenção contra a covid-19. A orientação surge diante da tendência de aumento de casos nas próximas semanas, observada em atendimentos ambulatoriais, padrões de hospitalizações e pela recente identificação da variante XFG do coronavírus no Estado. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) destaca a importância da vacinação de todos os grupos elegíveis conforme o Calendário Nacional.

As vacinas disponíveis permanecem eficazes contra as variantes em circulação e continuam sendo a principal forma de prevenir casos graves, hospitalizações e óbitos. A SES também orienta os municípios a realizarem testagem em pessoas com sintomas respiratórios.

Acompanhamento epidemiológico

O monitoramento da circulação de vírus respiratórios é realizado através de unidades sentinelas em sete cidades gaúchas: Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Maria, Uruguaiana e Pelotas. Em 2025, mais de 2,8 mil casos de síndrome gripal foram analisados, com 103 resultados positivos para covid-19. O percentual de casos positivos apresentou crescimento nas últimas semanas, passando de variações entre 0% e 2,2% para oscilações entre 3,2% e 9,9% em agosto.

A diretora do Cevs, Tani Ranieri, explica que as medidas buscam antecipar um aumento sazonal de casos que necessitam de hospitalização, observado nos últimos anos a partir da semana epidemiológica 34, em agosto. Embora ainda não esteja completamente definido, os dados históricos indicam tendência de crescimento nas internações por covid-19 nesta época do ano.

Nova variante identificada

O Laboratório Central do Estado (Lacen) identificou em agosto, pela primeira vez no Rio Grande do Sul, a presença da variante XFG do coronavírus. Até o momento, a variante não está associada ao agravamento dos quadros clínicos nem à redução da eficácia das vacinas, mas a circulação dela pode contribuir para o aumento do número de casos.