Secretaria da Saúde de Caxias do Sul aplica sensores de glicose em crianças e adolescentes com diabetes

Dispositivos monitoram nível de glicose em pacientes sem a necessidade de exame de coleta de sangue

Aplicação dos sensores de glicose
Aplicação dos sensores de glicose | Gisele Nozari

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Caxias do Sul iniciou a distribuição e aplicação de sensores de glicose em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. O dispositivo monitora o nível de glicose sem necessidade de coleta de sangue, gerando um relatório que pode ser acessado por aplicativo de celular ou em um aparelho que acompanha o sensor.

Foto: Gisele Nozari

No primeiro dia da aplicação, quinta (3), 15 crianças e adolescentes receberam os sensores colocados por equipes previamente capacitadas da SMS e do Centro Clínico da Universidade de Caxias do Sul (Ceclin). Outros jovens também receberão a tecnologia. A SMS afirma que estes não estão desassistidos, já que o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece fitas e lancetas para controle da glicose

Foto: Gisele Nozari

Aparelhos foram adquiridos via emenda parlamentar

O município adquiriu os sensores, que não fazem parte do rol de produtos fornecidos pelo SUS, pelo Estado ou pelo Ministério da Saúde. A compra foi realizada via emenda parlamentar da deputada Denise Pessôa (PT), suficiente para bancar dois anos de fornecimento para aproximadamente 80 pacientes.

Além disso, o município busca alternativas para manter o fornecimento e ampliar o número de pacientes atendidos, conforme a avaliação dos resultados, visto que esta é a primeira vez que a SMS realiza este tipo de acompanhamento do diabetes.

O investimento inicial na iniciativa é de R$ 1,2 milhão. Aliás, o grupo Gotas de Vida, formado por familiares de crianças com diabetes, fez parte da articulação, buscando recursos para adquirir os sensores.

Foto: Gisele Nozari

A SMS destina os aparelhos a crianças e adolescentes de dois a 17 anos com diabetes mellitus tipo 1, residentes de Caxias do Sul em acompanhamento com endocrinologista do SUS há, no mínimo, três meses, conforme indicação clínica.