O Rio Grande do Sul receberá 13 médicos selecionados pelo programa federal “Agora Tem Especialistas”, iniciativa que vai reforçar o atendimento em regiões com falta de profissionais. Contudo, nenhum município da Serra Gaúcha foi contemplado nesta primeira chamada, gerando preocupação entre autoridades locais e gestores de saúde da região.
Os médicos destinados ao estado atuarão em oito cidades: Santa Rosa (dois), Novo Hamburgo (dois), Santa Maria (dois), Ijuí (dois), Guaíba (dois), Porto Alegre (um), Rio Grande (um) e Parobé (um). No total, 501 especialistas foram selecionados para atuar em 212 municípios de todo o país, com prioridade para áreas de maior vulnerabilidade e para regiões do interior que enfrentam dificuldade no acesso a cirurgias e consultas especializadas.
Distribuição de Especialistas e Impacto no SUS
Do total, 67% dos profissionais reforçarão especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia, ampliando o atendimento e reduzindo a necessidade de deslocamentos longos para grandes centros urbanos. Entre os selecionados, 131 médicos que atuavam apenas na rede privada passarão a atender exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
No Brasil, 25,7% dos especialistas vão trabalhar em áreas de alta ou muito alta vulnerabilidade, 20% na Amazônia Legal e 9% em regiões de fronteira. O programa federal “Agora Tem Especialistas” também prevê capacitação prática de 12 meses, com cursos e mentoria, além de uma bolsa-formação de até R$ 20 mil, dependendo da vulnerabilidade social e sanitária das localidades.
Declarações do Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância do programa para reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados.
“Com esse reforço, estados e municípios terão suprida a necessidade de especialistas, ampliando o acesso e fortalecendo a rede pública de saúde”.
Desafios na Serra Gaúcha
Apesar da inclusão de municípios gaúchos, a ausência da Serra Gaúcha nesta primeira chamada evidencia a necessidade de atenção para a distribuição regional dos especialistas, principalmente em áreas com alta demanda e grande população atendida pelo SUS.