O Rio Grande do Sul recebe, nesta quinta-feira (23), 414 unidades do medicamento Trastuzumabe Entansina, usado no tratamento incorporado ao SUS para o câncer de mama HER2-positivo, uma forma agressiva da doença que estimula o crescimento das células tumorais. O estado é um dos beneficiados pelo primeiro lote nacional do remédio, que chegou a Guarulhos (SP) no dia 13 de outubro.
A remessa inicial totaliza 11.978 frascos em nível nacional, sendo 6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg. Os insumos destinados ao RS serão entregues à Secretaria Estadual de Saúde, que ficará responsável por distribuir o medicamento conforme os protocolos clínicos vigentes.
Este é o primeiro de quatro lotes programados. As próximas entregas estão previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. A aquisição atenderá 100% da demanda atual pelo medicamento no sistema público, beneficiando 1.144 pacientes ainda em 2025.
“É um avanço gigantesco para a oncologia nacional. A medicação poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo”, afirmou o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto.
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O investimento do Ministério da Saúde foi de R$ 159 milhões. O valor permitirá a compra de 34,4 mil frascos-ampola. O Ministério da Saúde conseguiu negociar o produto por cerca de 50% abaixo do preço de mercado, garantindo uma economia de aproximadamente R$ 165,8 milhões aos cofres públicos.
Tratamento com o novo medicamento
O Trastuzumabe Entansina é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, em geral para casos de câncer de mama HER2-positivo em estágio III. A incorporação no SUS representa um avanço na saúde, ampliando as opções de tratamento e oferecendo melhores perspectivas de controle da doença.
A portaria que autoriza a compra desses medicamentos, por meio da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC), será publicada ainda neste mês. Esse modelo permite que estados e municípios realizem diretamente a aquisição dos medicamentos, com financiamento federal, o que resulta em maior agilidade na chegada do tratamento às pacientes atendidas nos serviços especializados.
