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RS implementa Programa de Telemedicina Pediátrica neste inverno

O objetivo é realizar uma avaliação dos cadastros casos que deram entrada para internações hospitalares (Gerint) para um melhor encaminhamento durante o inverno

Governo implementa Programa de Telemedicina Pediátrica neste inverno. Foto: Reprodução/Telemedicina.
Governo implementa Programa de Telemedicina Pediátrica neste inverno. Foto: Reprodução/Telemedicina.

O Programa de Telemedicina Pediátrica e Neonatal, desenvolvido pelo governo do Estado entrou em funcionamento nesta terça-feira (24). Com isso, a ideia é que se realize uma avaliação dos cadastros casos que deram entrada para internações hospitalares (Gerint) para um melhor encaminhamento durante o inverno.

Os médicos que possuem especialização em medicina intensiva pediátrica estão prestando orientações sobre atendimento e auxílio às equipes hospitalares de UTI Neonatal, UTI Pediátrica e Enfermaria Pediátrica de hospitais. Eles também vem abordando de forma ativa as unidades onde se encontram os pacientes para auxiliar nas condutas possíveis para melhorar a evolução dos pacientes pediátricos e neonatais.

Segundo a diretora de Regulação da SES, Suelen Arduin, a implementação do Programa é avaliada como algo de grande importância, considerando que no inverno a síndrome respiratória aguda grave se intensifica.

“Considerando o cenário epidemiológico da síndrome respiratória aguda grave (Srag) no Estado, especialmente durante o pico sazonal nos meses de inverno, foi considerada indispensável a estruturação de estratégias e ações que consolidem a assistência qualificada aos pacientes”, afirma ela.

A diretora assinala a importância do programa, já desenvolvido nos invernos de 2023 e 2024, por orientar as equipes locais sobre a melhor conduta em cada situação, haja vista que nem todos os municípios contam com pediatras com experiência no tratamento de crianças com as manifestações mais graves das doenças respiratórias.

“O manejo adequado é fundamental para uma melhor evolução individual e coletiva, diminuindo a necessidade de transferências e de internação em leitos de terapia intensiva pediátrica. Trata-se de uma iniciativa fundamental para mantermos a qualidade de atendimento e evitarmos o incremento desnecessário da mortalidade na faixa etária pediátrica”, conclui.

Expansão nos atendimentos

O programa de telemedicina pediátrica registrou uma expansão nos atendimentos em 2024, com um acréscimo nos encaminhamentos de transferência de terapia intensiva neonatal e enfermaria pediátrica, além da UTI pediátrica, em comparação ao ano de 2023.

Ao todo, foram realizadas 1.440 horas de atendimento especializado a 1.438 pacientes efetivamente atendidos via telemedicina pelo período de 120 dias, com monitoramento contínuo das ações e dos desfechos clínicos por parte da equipe da Central de Regulação Hospitalar.

Fluxo de atendimento da UTI Pediátrica

Diariamente, o telefonista auxiliar de regulação médica lista no sistema de telemedicina todos os pacientes que aguardam uma transferência inter-hospitalar e estão cadastrados no sistema de regulação Gerint, com solicitação de UTI neonatal, UTI pediátrica e enfermaria pediátrica.

Diante dessa informação, o médico pediatra teleconsultor realizará contato mediante agendamento com a equipe médica das unidades solicitantes, realizando troca de informações médicas, auxiliando no diagnóstico ou no processo terapêutico, sugerindo condutas pertinentes.

A partir desse atendimento, o médico teleconsultor avalia a prioridade no processo regulatório, realiza o registro do atendimento no sistema Gerint e sistema de telemedicina e comunica ao médico regulador da Central de Regulação Hospitalar (CRH). 

Texto: Ascom SES