Até o momento, em 2025, Bento Gonçalves notificou 66 casos suspeitos de dengue, dos quais sete foram confirmados, 46 descartados e 13 seguem em investigação. De acordo com os dados, dois casos são importados, enquanto cinco pessoas contraíram a doença dentro do próprio município. Além disso, os agentes de endemias detectaram que 69% das armadilhas instaladas em diversos pontos da cidade foram infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.
A Secretaria Municipal de Saúde identificou que os bairros com maior incidência de infestação são Municipal, Santa Rita, Villa Nova, Fenavinho e Santa Marta. Para combater a proliferação do mosquito, será realizado um “bota fora” nestes locais para recolher materiais que podem servir de criadouro. A data e o horário da ação serão definidos nos próximos dias.
As ações de controle ao Aedes aegypti estão sendo intensificadas e realizadas diariamente pela Secretaria de Saúde, por meio dos agentes de endemias. Eles realizam visitas constantes em espaços públicos, residências e estabelecimentos comerciais, identificando e eliminando possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue.
Na quinta-feira (20), os agentes estiveram no bairro São Roque, realizando a pesquisa vetorial em locais com suspeita da doença. Já nesta sexta-feira (21), a ação de combate será reforçada no bairro Municipal. As visitas incluem tratamentos em depósitos que não podem ser descartados, como caixas d’água e cisternas.
A médica veterinária da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera, alerta que 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão dentro dos imóveis e nos quintais.
“O mosquito necessita de água parada, como em caixas d’água, pneus, latas e outros objetos que acumulam água. Quando a água permanece por mais de uma semana, se torna um ambiente propício para a proliferação do mosquito.”
Além disso, as armadilhas instaladas nos bairros também têm a função de retirar ovos de mosquitos e fornecer dados sobre a densidade de infestação em cada área. A partir desses dados, em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente, a retirada de lixo e materiais inservíveis do ambiente é planejada, pois estes objetos são potenciais criadouros.
“Qualquer material deixado ao ar livre, como plásticos, latas ou garrafas, pode acumular água e se tornar um criadouro do Aedes aegypti. A retirada desses materiais é essencial para a prevenção”, reforça Zattera.
A população pode denunciar locais como terrenos baldios e depósitos de lixo em vias públicas pelo telefone 3055-7142. Todos os trabalhos realizados seguem o plano nacional de combate à dengue.
Sobre o mosquito da dengue
O Aedes aegypti, transmissor da dengue, é um mosquito pequeno (menos de 1 cm), de corpo escuro e com listras brancas nas patas, cabeça e corpo. Ativo durante o dia, especialmente ao amanhecer e ao entardecer, o mosquito se alimenta exclusivamente de sangue humano. Sua reprodução ocorre em água parada, seja ela limpa ou suja, onde os ovos são depositados.
Sintomas da dengue:
- Febre alta (acima de 38,5°C) de início abrupto
- Dores musculares intensas
- Dor ao movimentar os olhos
- Mal-estar geral
- Falta de apetite
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas pelo corpo
Ao apresentar sintomas, é crucial procurar uma Unidade de Saúde para diagnóstico e tratamento adequado.