O Centro de Autismo de Caxias do Sul completa três anos de funcionamento nesta sexta-feira (22), oferecendo atendimento especializado pelo SUS para crianças de um a oito anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Fruto de parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e o Círculo Saúde, o serviço conta com uma equipe de 20 profissionais, com especialidades nas áreas médicas, de psicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia, fisioterapia, psicomotricidade e serviço social.
O centro oferece 92 vagas com atendimentos duas vezes por semana ou uma vez semanal durante 18 meses. As famílias participam de grupos de orientação parental e recebem atendimento individual para construção de estratégias de intervenção. “As famílias também estão sendo capacitadas ao mesmo tempo em que as crianças estão sendo atendidas, isso é bem interessante”, explica Luciana Lunardi, diretora técnica da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) da SMS.
Localizado no Bairro São Pelegrino, o espaço possui oito salas e uma horta terapêutica, onde as crianças realizam atividades. A “Árvore do Carinho” registra as marcas das mãos de todas que completam os 18 meses de tratamento. Nestes três anos, já passaram pelo serviço 201 famílias e, até o momento, 51 escolas receberam escuta e orientação.
Notícias Relacionadas
A diretora do RAPS, Marina Guerra, destacou o impacto do serviço: “Para nossa surpresa, foi um serviço que passou a executar as atividades de uma forma excelente, e isso a gente consegue avaliar a partir do depoimento das famílias”, conta.
Todas as vagas estão preenchidas, mas há lista de espera mantida. Para mais informações, interessados podem contatar a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) da SMS via telefone (54) 3901-1401, responsável por estabelecer diretrizes para políticas públicas de saúde mental.
Estimulação sensorial
O centro conta com sala equipada com método Snoezelen, originário da Holanda na década de 1970, que utiliza estimulação multissensorial para promover relaxamento e desenvolver competências cognitivas, sociais e motoras. A técnica ajuda a minimizar efeitos do autismo e outras condições.
