NA CARTILHA

Caxias do Sul adequa atuação de agentes de saúde e garante economia de R$ 500 mil

Trabalhos dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) agora é coordenado pelas UBSs, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde

Foto: Rafael da Silva Carvalho / Reprodução
Foto: Rafael da Silva Carvalho / Reprodução

Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, Caxias do Sul passa por adequação nos locais de atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias (ACE). Os profissionais que tinham uma linha de trabalho centralizada, passam a atuar junto às equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), diretamente na Unidades Básica de Saúde (UBSs). Além de favorecer vínculos entre os agentes e os usuários, a mudança ainda garantirá uma economia de R$ 500 mil anuais em passagens de ônibus ao Município.

Reforçando a cartilha 2025 do Ministério da Saúde, em que a Vigilância em Saúde e a Atenção Primária precisam trabalhar em consonância em prol das atividades de vigilância e do combate a dengue, a ação teve início nesta semana e já atende 20 UBSs da cidade através de 35 agentes.

“Assim, a gente iniciou nesta semana uma movimentação de Agentes de Combate Endemias para a Atenção Primária, visando ações de prevenção de educação em saúde e ações de monitoramento de combate e o controle do vetor do Aedes Aegypti. É adequar a nossa política, a nossa atenção primária junto com os padrões das necessidades ministeriais”, explica a diretora das Vigilâncias em Saúde, Magda Teles.

A gerente da UBS São Vicente, uma das unidades que já está participando da ação, Adriane Silva de Bovi, destaca a ampliação da vigilância em saúde.

“Eu acredito que essa descentralização que aconteceu dos agentes para as unidades de saúde vai fortalecer muito a atenção básica. Porque a gente vai conseguir fazer um trabalho unido com a equipe de Estratégia de Saúde da Família para fortalecer a promoção, a prevenção, o cuidado com a saúde e vai ampliar muito a vigilância de saúde. Então, é um trabalho que agora faremos em conjunto para ter ótimos resultados. E o acompanhamento das famílias vai ser muito mais detalhado, com mais resolutividade. Essas ações públicas vão ter uma resposta muito grande em toda a comunidade”, pontua.

“Como toda mudança, essa também trouxe um certo desconforto no início. Afinal, sair da nossa zona de conforto e nos adaptar a uma nova proposta nunca é algo simples. No entanto, vejo essa decisão de descentralização, de nos aproximarmos das UBSs e termos um olhar mais atento para os bairros de abrangência, como algo muito positivo. Essa mudança tende a trazer benefícios importantes, um cuidado mais próximo com a comunidade, mais tempo para realizar orientações, tanto nas residências quanto nas salas de espera, especialmente em dias chuvosos, além de proporcionar mais conforto por estarmos alocados diretamente no bairro onde atuamos. Isso também evita o desgaste do deslocamento de ônibus até o local e, consequentemente, a perda de tempo que isso acarretava. Estou feliz por estar mais próxima de casa e poder trabalhar com pessoas com quem já tenho um vínculo. Isso deixa o ambiente mais leve e facilita muito o diálogo e as conversas durante as orientações. Acredito que essa mudança veio para somar e tornar nosso trabalho ainda mais acolhedor”, comenta entusiasmada a Agente de Combate às Endemias, Emily Cristina Brando.

Para o secretário municipal de Saúde Bueno, com a descentralização dos agentes de endemias e de saúde, hoje saindo de um único local para depois se deslocarem, se está seguindo uma diretriz do Ministério da Saúde.

“Assim, preconizamos a descentralização, e os servidores vão desenvolver seu serviço no território onde residem. Então, quanto mais a gente puder ampliar as estratégias, os grupos nas UBSs, iremos atingir os indicadores e desenvolver o trabalho com ainda mais excelência”, destacou.

O secretário também diz que, como a cidade tem uma grande faixa territorial para a otimização de recursos humanos, haverá economia de tempo e dos R$ 500 mil por ano.

“Isso faz parte do nosso programa de metas de 100 dias. Alguns ajustes teremos que fazer. Os trabalhadores estarão localizados próximos à sua residência, para garantir também que eles tenham maior agilidade. Outras questões iremos trabalhar a curto prazo, como estarem com tablets, tanto Agentes de Endemias quanto de Saúde, para que possamos fazer gestão com tecnologia”, enfatizou Bueno.

Primeiras UBSs que estão recebendo a ação:

  • São Caetano
  • Villa Lobos
  • Serrano
  • Campos da Serra
  • São Vicente
  • Diamantino
  • Santa Fé
  • Vila Ipê
  • Belo Horizonte
  • Parque Oásis
  • Fátima Baixo
  • Fátima Alto
  • Centenário
  • Tijuca
  • Forqueta
  • Desvio Rizzo
  • Reolon
  • Mariani
  • Esplanada
  • Salgado Filho