A irmã Inah Canabarro Lucas, gaúcha de São Francisco de Assis (RS), morreu nesta quarta-feira (30), aos 116 anos, conforme informou a família. Nascida em 8 de junho de 1908, Inah era considerada a pessoa mais velha do mundo.
Segundo um parente, Inah faleceu em decorrência da idade avançada.
“O organismo foi parando aos poucos, sem nenhuma doença”, explicou.
O site da LongeviQuest, um grupo internacional de pesquisadores que monitora e mapeia supercentenários, relata que Inah teve seis irmãos e iniciou sua vida religiosa aos 16 anos, no internato Santa Tereza de Jesus, em Santana do Livramento (RS).
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Ela morava na casa da Congregação Irmãs Teresianas do Brasil, em Porto Alegre, onde demonstrava alegria com sua rotina. No dia 1º de outubro de 2024, data dedicada ao idoso, respondeu com bom humor ao ser questionada sobre sua idade: “Poucos anos. 116”.
Antes, em 2018, pouco antes de completar 110 anos, Inah recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco, acompanhada de um certificado que ela exibia com orgulho onde morava.
Como funciona a validação de longevidade
A LongeviQuest atua há mais de 110 anos no estudo da longevidade e reúne pesquisadores de diversos países. A organização mantém uma parceria com a European Supercentenarian Organisation (ESO) e conta atualmente com dois pesquisadores ligados ao Brasil: a brasileira Iara Souza e o americano Gabriel Ainsworth.
Quem deseja validar a idade de um supercentenário precisa enviar documentos para análise. O candidato deve ter, no mínimo, 108 anos e passar primeiro por uma avaliação conduzida por um pesquisador afiliado ou uma instituição reconhecida pelo grupo.
Depois dessa etapa inicial, a pessoa deve apresentar documentos que comprovem sua identidade em diferentes fases da vida — infância, juventude, vida adulta e velhice. O comitê da LongeviQuest analisa esse material e decide se confirma ou não o reconhecimento como um dos mais velhos do mundo.
