Após a polêmica envolvendo o vazamento de um áudio atribuído ao vereador Francisco Guerra (PRB), irmão do prefeito de Caxias, Daniel Guerra, a prefeitura de Caxias do Sul emitiu uma nota no final da tarde desta quarta-feira, dia 6 de junho, para tentar esclarecer a situação.
Conforme o conteúdo da gravação, o vereador pede que haja uma retaliação contra o presidente do bairro Cânyon, na zona norte. A ordem de retaliação veio junto com uma orientação de aplicar um “corretivo” no líder comunitário, afim de intimidá-lo por causa das posições contrárias ao governo nas sessões da Câmara de Vereadores.
De acordo com a nota emitida pelo prefeito, as ações da prefeitura são pautadas pela transparência. “Nessa administração, não há e nunca houve retaliação a qualquer comunidade do município. Todo cidadão faz as suas solicitações de forma igualitária, seguindo a diretriz de governo de trabalhar de forma direta, sem intermediários”, afirma.
Ainda de acordo com a nota, “a prova disso é que, desde o início da atual gestão, em janeiro de 2017, até esta quarta-feira, foram recebidas 27.941 solicitações via Alô, Caxias. Desse total, mais de 75% (21.419) já foram atendidas e o restante está tramitando normalmente”.
No caso específico dos moradores do Loteamento Cânyon, foram 97 registros via Alô, Caxias desde o início da atual administração, sendo que 81 já foram atendidos e os outros 16 estão na fila normal para receberem o devido encaminhamento. Ou seja, mais de 80% das demandas já foram atendidas, garante o governo municipal.
Além disso, a comunidade da Zona Norte, da qual o Cânyon faz parte, está sendo atendida pelo governo Daniel Guerra em outras demandas históricas, como o pleno funcionamento da UPA 24 Horas e a construção da nova rótula da Codeca, que dá acesso a diversos bairros e loteamentos, entre eles o próprio Cânyon, afirmou a nota oficial.
Ainda na tarde desta quarta-feira, o líder comunitário Marciano Correa da Silva, presidente do Cânyon, registrou uma ocorrência na Central de Polícia Civil de Caxias, entendendo que houve uma ameaça a sua integridade física no conteúdo do áudio atribuído ao vereador Francisco Guerra.