A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul se prepara para votar, nesta terça-feira (17), o projeto de lei que estabelece uma cota de vagas para mulheres em empresas de vigilância contratadas pelo poder público. A proposta, de autoria da deputada Sofia Cavedon (PT), recebeu aprovação nas comissões e chega agora para sua votação final, com grande expectativa por parte das entidades do setor.
O projeto de lei visa garantir que as empresas de vigilância contratadas pelo poder público para serviços de vigilância, como segurança em prédios públicos e eventos, reservem um percentual de vagas para mulheres vigilantes. A medida tem como objetivo combater a desigualdade de gênero no mercado de trabalho e promover mais representatividade para as mulheres nesse segmento, historicamente dominado por homens. O percentual mínimo proposto originalmente foi de 20%, mas uma emenda do deputado Zucco (Republicanos), aumentou para 30%.
Mobilização e Apoio à Cota de Vagas
A aprovação do projeto ocorre em um momento de crescente mobilização de sindicatos e organizações que representam as mulheres vigilantes. O Sindicato dos Vigilantes do Sul, por exemplo, já anunciou que acompanhará a votação e se empenha para garantir a vitória da proposta. “É uma conquista histórica para todas as mulheres que trabalham como vigilantes, uma classe que ainda enfrenta muitos desafios de representatividade e de reconhecimento”, afirmou a direção do sindicato.
A deputada Sofia Cavedon, autora do projeto, destaca que a aprovação é um avanço no combate à desigualdade de gênero. “Precisamos garantir a presença das mulheres em todos os espaços. As mulheres vigilantes, muitas vezes invisíveis, precisam de oportunidades iguais para trabalhar e se destacar em um setor fundamental para a segurança da sociedade”, comentou a parlamentar.
Impacto e Próximos Passos
Com a aprovação da proposta, as empresas de vigilância contratadas pelo poder público terão de estabelecer políticas de recrutamento e seleção que priorizem a contratação de mulheres para as vagas disponíveis, além de garantir que elas tenham as mesmas condições de trabalho que os homens.
A votação final será realizada às 14h de terça-feira, e o projeto pode representar um marco na luta por mais igualdade de gênero no setor de segurança privada. A aprovação da cota de vagas para mulheres vigilantes é um passo importante, mas, segundo os defensores da causa, muito ainda precisa ser feito para garantir a inclusão total e o fim das barreiras que limitam a presença feminina nesse mercado de trabalho.