Em reunião na Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, realizada nesta terça-feira (19), o prefeito Guilherme Pasin anunciou que pedirá a interdição total e posterior demolição do Presídio de Bento Gonçalves, localizado na rua Assis Brasil, centro da cidade.
A casa prisional sofre com a falta de segurança. Inúmeras fugas, além de rebeliões encabeçadas pelos apenados e incêndios foram verificados nos últimos anos.
O encontro desta terça-feira reuniu o presidente da Câmara de Vereadores, Rafael Pasqualotto, secretário de Segurança, José Paulo Marinho, diretor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano, Vanderlei Mesquita, e adjunta, Melissa Bertoletti, procurador-geral, Sidgrei Machado Spassini, secretário de Saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira e o coordenador das Vigilâncias em Saúde, Rafael Vieira. Dessa forma, ficou definido que será encaminhado o pedido de interdição e demolição do prédio, após a transferência dos apenados para o novo presídio.
Entre os argumentos e laudos levantados por técnicos da prefeitura para interdição, estão a falta de Habite-se, Plano de Prevenção Contra Incêndio (com laudo do Corpo de Bombeiros), Licenciamento Ambiental, de projeto elétrico, de projeto estrutural, de condições de habitabilidade, sem condições de ressocialização dos presos, risco a saúde pública, risco a segurança pública, falta de estrutura para atendimento médico, falta de salubridade para os agentes que trabalham no local e inexistência de Estudo de Impacto de Vizinhança.
Novo presídio
As obras da construção do novo Presídio de Bento Gonçalves estão em andamento. Mais de 98% da obra está concluída e terá 420 vagas. A construção foi possível graças a um modelo pioneiro proposto, em 2015, pela administração Municipal, que proporcionou a troca por bens inservíveis.
Fotos: Obras do novo presídio de Bento Gonçalves (Felipe Vicari/Grupo RSCOM)