O prefeito reeleito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), foi o entrevistado do programa Bom dia Trabalhador da Rádio Viva nesta sexta-feira (27). Por cerca de 45 minutos, o chefe do Executivo fez uma avaliação do primeiro mandato e também projeções para o segundo. Eleito com 116.730 votos (51,38%), ele irá comandar a segunda maior cidade do Rio Grande do Sul por mais quatro anos.
Entre os diversos temas abordados, o caso Magnabosco ganhou espaço. O chefe do Executivo, em uma projeção otimista, estimou que até meados de fevereiro deve haver retorno do fundo inglês em relação a proposta que o município fez.
“Se isso acontecer, estaremos muito próximo de finalizar um dos piores capítulos dos últimos anos de todos os prefeitos, que sempre tentaram resolver a questão, mas sem êxito”, pontuou.
Durante a entrevista, o prefeito apresentou o relatório dos primeiros quatros anos de governo, com as obras realizadas e que estão encaminhadas. Nesse sentido, ele lamentou a ausência no material da abertura de trecho da rua Marechal Floriano e a construção de um viaduto no entroncamento da Perimetral Norte com a BR-116, obras aos quais pretende dar andamento no segundo mandato.
Ao citar feitos na área da segurança pública, como o Centro Integrado de Operações (CIOp), e na regularização fundiária, com a entrega de títulos para mais de nove mil pessoas, Adiló lembrou que neste ano precisou reduzir o esforço na área urbana para focar na área rural diante das fortes chuvas do mês de maio.
“Prefeito Tatu“
Ao citar investimentos de cerca de R$ 62 milhões para a compra de máquinas e caminhões, o prefeito ressaltou o financiamento para recuperação de parte da pavimentação asfáltica da cidade que deve seguir até o mês de maio. Os buracos nas vias foram uma das maiores reclamações da população, inclusive com o tema sendo abordado pelos adversários políticos no período eleitoral, que o apelidaram de candidato “tatu”. A denominação acabou sendo usada de forma positiva pela campanha que adotou o apelido como mascote.
Da mesma forma, os buracos oriundos de obras do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), de acordo com o prefeito, também são um grande desafio para a administração e uma das preocupações do novo diretor-presidente da autarquia, João Uez. Adiló citou dificuldades em encontrar mão de obra qualificada para recomposição de paralelepípedo e a necessidade de montar uma estrutura melhor para acompanhamento e vistoria das obras.
Grandes obras
Questionado sobre os principais desafios da gestão 2025-2028, o tucano citou a importância da parceria pública-privada na Educação Infantil, o andamento do projeto do Aeroporto de Vila Oliva e o Porto de Arroio do Sal. Além disso, comentou sobre a batalha pelo terminal ferroviário para Vacaria, que poderá mudar os custos logísticos.
“Hoje Caxias está carente de infraestrutura, não tem mais a malha ferroviária, as estradas são antigas e precisam de duplicação. Essas obras serão estratégicas e irão fazer a diferença para a Serra Gaúcha”, garantiu.
Por fim, Adiló finalizou afirmando que as críticas e as cobranças são legítimas e que foi eleito para ajudar a resolver os problemas e dar retorno para a população. Ele também espera a mesma postura do secretariado.
“Fui comerciante por 40 anos. Eu nunca perdi o cliente que reclamou, mas o que foi embora quieto e não me disse do que ele não gostou”, finalizou.
Confira a entrevista completa abaixo: