Farroupilha

Por 11 a 3, vereadores rejeitam abertura de processo de impeachment contra prefeito de Farroupilha

Pedido de cassação de Gabriel Maffei Rosanelli contra Fabiano Feltrin foi motivado por conta de um processo judicial de 2022, o qual um assessor jurídico na ocasião atuou em defesa da Primeira-dama

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Foto: Especial Leouve

Por maioria de votos, o pedido de impeachment contra o prefeito de Farroupilha Fabiano Feltrin foi rejeitado pelos vereadores. A deliberação ocorreu no final da Sessão desta segunda-feira (26) após leitura integral do pedido protocolado no dia 20 de agosto.

Conforme o denunciante, o advogado Gabriel Maffei Rosanelli, este pedido foi motivado por conta de um processo judicial de 2022, o qual um assessor jurídico na ocasião atuou em defesa da Primeira-dama. O pedido está fundamentado na argumentação que o processo era de caráter privado e o uso de um assessor jurídico feriu o preceito da legalidade configurando infração político-administrativa.

Diante do exposto, os parlamentares expuseram seus posicionamentos frente ao tema. Entre as observações há o entendimento que houve legitimidade de uso do assessor jurídico no início do processo. Outro ponto abordado é a ausência de um impacto gerado na vida dos cidadãos. Por fim, expuseram registros que explicitam posicionamento político do denunciante.

Por outro lado, vereadores concordantes da admissibilidade do processo entendem que é premissa do Legislativo investigar, e o pedido possui fundamentos que devem ser melhor esclarecidos pelo Executivo Municipal.

Desta forma, com o processo de continuação do pedido rejeitado, ele automaticamente é arquivado.

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Foto: Gabriel Venzon/Câmara de Vereadores de Farroupilha

Entenda o caso

O autor do pedido de impeachment, e também réu do processo judicial, foi acionado judicialmente pelo Executivo Municipal em 2022 a prestar explicação por uma mensagem encaminhada a Primeira-dama a qual mencionava um possível luto que ela sofreria em 2024, tendo como referência o governo do atual prefeito Municipal.

A ação teve ingresso na 15ª Vara Criminal de Porto Alegre, sendo posteriormente, em 2023, transferida para a comarca de Farroupilha. Uma vez no município, o juiz de Farroupilha ratificou o entendimento da 15ª Vara, de que a ação não possui violência física ou moral com motivação político-partidária, e deferiu pela exclusão do ente Público da ação. O Executivo defendeu-se, mas a determinação se manteve. Após decisão, não há registros de continuidade do processo.

Como votaram os vereadores

  • Valmor Vargas dos Santos: contra
  • Tadeu Salib dos Santos: contra
  • Sandro Trevisan: contra
  • Clarice Baú: contra
  • Jorge Cenci: contra
  • Eleonora Broilo: contra
  • Thiago Brunet: contra
  • Maurício Bellaver: contra
  • Calebe Coelho: contra
  • Felipe Maioli: contra
  • Tiago Ilha: contra
  • Gilberto do Amarante: a favor
  • Juliano Baumgarten: a favor
  • Roque Severgnini: a favor

* Presidente da Câmara, Davi de Almeida, votaria apenas em caso de empate