DEPUTADOS FEDERAIS

Marcel van Hattem e Zucco estão entre os alvos de pedido de afastamento na Câmara

Hugo Motta enviou à Corregedoria pedidos de suspensão de 15 parlamentares, incluindo os dois deputados gaúchos, após motim no Congresso

Marcel van Hattem e Zucco estão entre os alvos de pedido de afastamento na Câmara
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria da Casa os pedidos de afastamento, por até seis meses, de 14 deputados da oposição e de uma deputada governista. Entre os citados, estão os gaúchos Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zucco (PL-RS).

A decisão foi tomada pela Mesa Diretora nesta sexta-feira (8) e atinge, em sua maioria, parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de integrantes do Novo. Os oposicionistas são acusados de ocupar a Mesa Diretora e obstruir a retomada dos trabalhos legislativos nos dias 5 e 6 de agosto.

Já a deputada Camila Jara (PT-MS) é alvo de denúncia por suposta agressão ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a tentativa de retomada do controle do plenário.

Após análise da Corregedoria, com avaliação de imagens e documentos, os processos retornarão à Mesa Diretora e seguirão para o Conselho de Ética, responsável pela votação das punições.

Acusações contra os gaúchos

Marcel van Hattem é acusado de “tomar de assalto” a cadeira da Presidência da Câmara. Nas redes sociais, ele divulgou trechos do Hino Nacional e classificou como “golpe” a possibilidade de suspensão de seu mandato.

Zucco foi incluído em uma representação apresentada pelo deputado João Daniel (PT-SE) contra outros integrantes do PL envolvidos nos atos.

Outros citados

Entre os parlamentares alvos dos pedidos de afastamento estão Marcos Pollon (PL-MS), Zé Trovão (PL-SC), Júlia Zanatta (PL-SC), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Allan Garcês (PL-TO), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Domingos Sávio (PL-MG), Carlos Jordy (PL-RJ) e Camila Jara (PT-MS).

Segundo nota da Secretaria-Geral da Mesa, a medida busca “permitir a devida apuração” dos fatos ocorridos no plenário e em comissões.

*Com informações da Agência Câmara