É falsa a informação de que a pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na terça-feira (21), não tem registro na Justiça Eleitoral. O boato se espalhou nas redes sociais e no WhatsApp após um homem, que não se identifica, gravar um vídeo lendo o resultado da pesquisa no portal de notícias G1 e procurando o registro dela no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação foi conferida pelo Projeto Comprova
Como o homem preencheu os campos de busca no site do TSE de maneira errada, ele não consegue encontrar o registro da pesquisa e, então, acusa: “Ou a ‘Globo.com’ está mentindo, ou o Datafolha está mentindo, ou o Tribunal Superior Eleitoral está mentindo. São três responsabilidades: de quem registra, de quem diz que registrou e de quem está passando a informação”.
Foram dois os equívocos do autor do vídeo: no campo para preencher o período da pesquisa, o correto não é colocar os dias em que ela foi realizada nas ruas, mas a data do seu registro. Como esta informação não costuma constar nas notícias, ela não precisa ser informada na busca: basta preencher o número correto do registro, que neste caso é BR-04023/2018. Este foi o segundo equívoco do homem: ele digitou o número sem o hífen.
Para não se enganar mais, confira o passo-a-passo para pesquisar se uma pesquisa tem, ou não, registro no TSE:
1. Acesse o site do TSE
2. Na aba “Eleições”, clique em Pesquisas eleitorais – Eleições 2018
3. Na parte de baixo da página, clique em Consulta às pesquisas registradas
4. Preencha os campos corretamente e clique em “Pesquisar”. Se a pesquisa for da disputa presidencial, escolha “Eleições gerais 2018 no campo “Eleição” e “Brasil” no campo “UF”. Se não souber a data de registro, não tem problema. Basta inserir o número de registro corretamente, com o hífen.
5. Pronto, você já pode ter a certeza de que a pesquisa foi registrada.
Ou veja neste tutorial que preparamos para você.
O vídeo foi gravado no dia 22 de agosto e o primeiro registro dele no Facebook é do mesmo dia, às 20h42. O autor não foi identificado. A gravação foi compartilhada por várias outras páginas, alcançando um total de mais de 15 mil interações e 160 mil visualizações em dois dias.
Este texto foi originalmente publicado no site do Projeto Comprova. A evidência foi checada pelos veículos parceiros Folha de S.Paulo, UOL e O Povo. O Comprova é um projeto que reúne jornalistas de 24 diferentes veículos de comunicação brasileiros, para descobrir e investigar informações enganosas, inventadas e deliberadamente falsas durante a campanha presidencial de 2018.