
Em solidariedade ao Rio de Janeiro, após a operação policial mais letal de sua história, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ofereceu apoio das forças de segurança gaúchas. O gesto foi concretizado em uma ligação telefônica para o governador fluminense, Cláudio Castro, na manhã desta quarta-feira (29).
A oferta de ajuda ocorre no contexto da operação nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em mais de 130 mortos, segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. A ação “Contenção” aconteceu na terça-feira (28).
Paralelamente, um grupo de governadores que busca influenciar o debate sobre segurança pública realizou uma reunião virtual. A videoconferência teve a participação de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Jorginho Mello (PL-SC) e Mauro Mendes (União-MT).
Apesar de não ter participado do encontro por estar em outro compromisso, Leite assegurou o apoio diretamente a Castro. Existe a possibilidade de Leite ir ao Rio de Janeiro nesta quinta (30).
“Todos percebem a importância de resolver o Rio de Janeiro, de ajudar e de colaborar”, ressaltou o governador fluminense, Cláudio Castro.
Reunião presencial
A articulação ganhou um novo capítulo com a organização de uma reunião presencial. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, ficou responsável por coordenar o encontro, marcado para esta quinta-feira (30) à tarde, no Rio de Janeiro.
Além de Leite e Mello, integram esse bloco político os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado, de Goiás. O objetivo da visita é prestar solidariedade e respaldo pelas ações contra o crime organizado. Juntos, eles ampliam a participação no debate nacional sobre o combate ao crime.
“Toda ajuda será bem-vinda, mas será técnica. Não adianta sair mandado policiais para o estado do Rio. Caso a gente entenda que precisa de ajuda, isso será definido pela Secretaria de Segurança Pública de forma técnica, ordeira e baseada na necessidade, não na vontade de encher o estado de policiais”, disse Cláudio Castro.