Por unanimidade, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou, na quinta-feira (27) a criação da Frente Parlamentar Pela Redução da Jornada de Trabalho e Fim da Escala 6×1. A proposta foi sugerida pelo vereador José de Abreu Jack (PDT) e contou com a assinatura de mais oito parlamentares para a formação.
A frente terá duração até 31 de dezembro de 2028. Os autores da iniciativa defendem a atualização da legislação trabalhista, adequando-a aos avanços tecnológicos. Eles argumentam, no Requerimento 1/2025, que a redução da jornada melhora a qualidade de vida, aumenta a produtividade, retém talentos e reduz o estresse corporativo.
Durante a sessão, vereadores se manifestaram sobre o tema. Andressa Marques (PCdoB) defendeu que o trabalho deve gerar dignidade e felicidade. Já o proponente, José de Abreu Jack, afirmou que o serviço deve dignificar as pessoas e não escravizá-las, enfatizando a defesa da saúde mental dos trabalhadores.
“O fim da escala 6×1 é uma questão de humanidade”, considerou a vereadora Estela Balardin (PT).
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Bom para os dois lados?
Em contraponto, Pedro Rodrigues (PL) observou que o trabalho deve ser bom para patrões e empregados. Sandro Fantinel (PL) manifestou preocupação, declarando que “quanto mais se trabalha mais se ganha” e teme demissões com o fim do 6×1. Hiago Morandi (PL) chegou a afirmar que os direitos da CLT são “do passado”.
Rose Frigeri (PT) rebateu, observando que o trabalho excessivo adoece e que a redução beneficia ambos os lados. Cláudio Libardi (PCdoB) deu o exemplo de uma empresa com grande lucro e jornada de cinco dias. Já Sandra Bonetto (NOVO) apoiou a criação da frente por acreditar no diálogo para compreender a realidade de todos e encontrar melhorias.
A frente segue agora com o objetivo de debater e propor mudanças na legislação trabalhista, unindo diferentes visões em torno do tema.
