A Fecomércio-RS manifestou preocupação com a decisão da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) de aprovar o reajuste de 8% no piso regional. O texto, de autoria do Poder Executivo, recebeu 46 votos favoráveis e quatro contrários. Isso ocorreu após intenso debate entre os parlamentares sobre os efeitos econômicos da medida.
De acordo com entidade, a aprovação contraria os apelos do setor empresarial e ignora o atual cenário socioeconômico do Estado. Além disso, cita que a medida desconsidera os desafios enfrentados pelas empresas após as severas enchentes de 2024. Também menciona o recente reajuste de 5,25% já concedido em dezembro do ano passado.
Para o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a medida fixa um custo que muitos não conseguirão absorver.
“É lamentável que, em um momento tão delicado, o Poder Legislativo imponha mais um peso sobre as costas das empresas. Essa decisão pode comprometer ainda mais a geração de empregos e dificultar a retomada da economia gaúcha”, afirma.
A entidade reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a sustentabilidade dos negócios locais, especialmente os de pequeno e médio porte. Além disso, afirma que seguirá atuando em defesa do setor empresarial e da geração de empregos no Rio Grande do Sul.
O reajuste
O reajuste, válido para 2025, define novos valores para os cinco níveis de categorias profissionais. O piso regional mais baixo, que engloba trabalhadores da agricultura, pecuária, construção civil, serviços domésticos e turismo, passa a ser de R$ 1.789,04. Já o mais alto, destinado a técnicos de nível médio, sobe para R$ 2.267,21.